sexta-feira, 3 de julho de 2020

EVANGELHO DO DIA 3 DE JULHO

Evangelho segundo São João 20,24-29. 
Naquele tempo, Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste, acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo António de Lisboa(1195-1231) 
Franciscano, doutor da Igreja 
Domingo da Oitava de Páscoa 
Santa dúvida do discípulo Tomé! 
Tomé disse aos outros: 
«Se não vir nas suas mãos 
o sinal dos cravos, se não meter 
o dedo no lugar dos cravos e 
a mão no seu lado, não acreditarei». 
Tomé significa abismo, pois este apóstolo adquiriu um conhecimento mais profundo e tornou-se mais firme na fé. Não foi por acaso, mas por disposição divina, que Tomé estava ausente e não quis acreditar no que lhe disseram. Admirável desígnio! Santa dúvida deste discípulo! «Se não vir nas suas mãos», disse ele. Tomé queria ver reedificada a tenda de David, que se tinha desmoronado, e sobre a qual Amós havia dito: «Naquele dia, reerguerei a tenda de David, que foi abalada, e repararei as brechas das suas muralhas» (Am 9,11). David designa a divindade, a tenda designa o próprio corpo de Cristo, no qual estava presente a divindade, que caiu, aniquilada, na Paixão e na morte. As brechas das muralhas designam as chagas das mãos, dos pés e do lado, chagas que o Senhor reedificou na sua ressurreição. Foi sobre elas que Tomé afirmou: «Se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». O Senhor, compreensivo, não quis deixar na dúvida este discípulo sincero, que havia de tornar-se um vaso de eleição. Por isso, retirou do seu espírito a sombra da dúvida com um gesto bondoso, tal como viria a retirar a Paulo a cegueira da infidelidade. «"Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente". Tomé respondeu-Lhe: "Meu Senhor e meu Deus!"».

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