Liduina (1380-1433) Nasceu na Holanda. Estava com quinze anos quando, patinando no gelo com algumas colegas, levou forte empurrão e caiu. Na queda fraturou a espinha e uma costela. Aí começou um martírio que iria durar 38 anos. Formou-se um tumor interno, seguido de infecção, que a medicina do tempo não conseguiu curar. Um dia, no desespero da dor, a jovem jogou-se da cama e quase partiu-se em duas no chão. Feridas malignas espalharam-se pelo corpo, corroendo as carnes, exalando cheiro insuportável. Também o rosto foi se deformando. Nevralgias terríveis contraíam o semblante. Perdeu o olho direito, enquanto o esquerdo não podia fixar a luz sem sangrar. Nos primeiros anos da doença ela conseguia comer uma rodela de maçã assada. Depois, nem mesmo a maçã. Alimentava-se com água açucarada ou um gole de vinho com água. O sono desapareceu completamente. Viveu durante 38 anos deitada de cosas, sem poder mover-se. A pele soltava-se como casca de planta nova. Seus biógrafos atestam que, durante todo esse tempo, não dormiu mais que vinte horas. As lágrimas secaram de tanto chorar. Só não se desesperou porque, seguindo o conselho de um padre, começou a meditar na Paixão do Senhor. Santa Liduina é modelo de paciência para os sofredores.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR
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