sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

EVANGELHO DO DIA 14 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Lucas 10,1-9. 
Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho. Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: "Paz a esta casa". E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará convosco. Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: "Está perto de vós o reino de Deus"». 
Tradução litúrgica da Bíblia  
São João Paulo II(1920-2005)papa 
Homilia de 15/02/1985 
Santos Cirilo e Metódio, 
apóstolos dos eslavos, apóstolos da unidade 
A grande missão destes dois irmãos terminou com a morte de Metódio, no ano de 885; seu irmão, Constantino-Cirilo, tinha morrido dezasseis anos antes, aqui em Roma. Foi a estes dois apóstolos que o Pastor eterno confiou a obra do Evangelho entre os eslavos e eles seriam os primeiros evangelizadores dos povos que habitavam a parte oriental e a parte meridional da Europa, tornando-se os pais da sua fé e da sua cultura. [...] A meio do século IX, e no decurso do período imediatamente a seguir, aproximava-se o momento da maturidade política e cultural do conjunto dos povos eslavos, o momento da sua entrada como protagonistas na convivialidade internacional, no sistema que se seguiu ao antigo Império Romano. Este foi também, contudo, o momento em que a civilização antiga se fragmentou, em que as tensões entre o Oriente e o Ocidente se transformaram em divisões e, pouco depois, em separações. Os eslavos entraram na cena mundial inserindo-se entre estas duas partes e, consequentemente, também experienciaram os efeitos trágicos do cisma: também eles ficaram divididos, tal como o mundo europeu ficou dividido. Tanto mais razão temos, pois, para admirar a clarividência espiritual dos dois santos irmãos, que decidiram corajosamente construir uma ponte ideal precisamente no ponto em que o mundo da sua época abria, pelo contrário, fossos de separação e afastamento. «Cirilo e Metódio», escrevi na carta apostólica de 31 de dezembro de 1980 por meio da qual os proclamei patronos celestes de toda a Europa, «desempenharam o próprio serviço missionário em união tanto com a Igreja de Constantinopla, pela qual tinham sido mandados, como com a sé romana de Pedro, pela qual foram confirmados, manifestando deste modo a unidade da Igreja, que, durante o período da sua vida e da sua atividade, não estava ferida pela desventura da divisão entre o Oriente e o Ocidente, apesar das grandes tensões que, naquele tempo, assinalaram as relações entre Roma e Constantinopla».

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