sexta-feira, 8 de novembro de 2019

EVANGELHO DO DIA 8 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 16,1-8. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens. Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar’. O administrador disse consigo: ‘Que hei de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho forças, de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei de fazer, para que, ao ser despedido da administração, alguém me receba em sua casa’. Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’. Ele respondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe: ‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’. A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e escreve oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Josemaría Escrivá de Balaguer 
(1902-1975) presbítero, fundador 
Homilia de «Cristo que passa»§§48-49 
Trabalhar com as próprias mãos,
 para fazer o bem!
Convém não esquecer, portanto, que esta dignidade do trabalho está fundamentada no amor. [...] O homem não pode limitar-se a fazer coisas, a construir objetos. O trabalho nasce do amor, manifesta o amor, ordena-se ao amor. Não reconhecemos Deus apenas no espetáculo da Natureza, mas também na experiência do nosso próprio trabalho, do nosso esforço. Deste modo, o trabalho é ação de graças, porque nos sabemos colocados por Deus na Terra, amados por Ele, herdeiros das suas promessas. É justo que se nos diga: «Quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus» (1Cor 10,31). O trabalho é também apostolado, ocasião de entrega aos outros homens, para lhes revelar Cristo e os levar a Deus Pai, consequência da caridade que o Espírito Santo derrama nas almas. Entre as indicações que São Paulo dá aos de Éfeso sobre a forma como deve manifestar-se a mudança que representou para eles a sua conversão, [...] encontramos esta: «O que furtava, não furte mais, mas trabalhe, ocupando-se com as suas mãos nalguma tarefa honesta, para ter com que ajudar quem tiver necessidade» (Ef 4,28). Os homens têm necessidade do pão da terra, que sustenta as suas vidas, e também do pão do Céu, que ilumina e dá calor aos seus corações. Com o vosso próprio trabalho, com as iniciativas que se promovam a partir dessa ocupação, nas vossas conversas, no convívio com os outros, podeis e deveis concretizar esse preceito apostólico. Se trabalharmos com este espírito, a nossa vida, no meio das limitações próprias da condição terrena, será uma antecipação da glória do Céu, dessa comunidade com Deus e com os santos na qual só reinará o amor, a entrega, a fidelidade, a amizade, a alegria. Na vossa ocupação profissional, corrente e ordinária, encontrareis a matéria – real, consciente, valiosa – para realizar toda a vida cristã, para corresponder à graça que nos vem de Cristo.

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