domingo, 3 de novembro de 2019

EVANGELHO DO DIA 3 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 19,1-10. 
Naquele tempo, Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-l’O, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar por ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa». Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria. Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum pecador». Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho(354-430) 
bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
Carta 98, 9 
«Hoje entrou a salvação nesta casa» 
Quando se aproxima a festa da Páscoa, dizemos: «Amanhã é a Paixão do Senhor», quando na verdade foi há muitos anos que o Senhor padeceu a sua Paixão, que teve lugar de uma vez para sempre (Heb 9,26). Cada domingo temos razões para dizer: «Foi hoje que o Senhor ressuscitou»; ora, o facto é que já decorreram muitos anos desde que Cristo ressuscitou. Nesse caso, porque não nos criticam este «hoje», tomando-o como mentira? Na verdade, usamos «hoje» porque este dia representa um regresso, no ciclo do tempo, ao dia em que teve lugar o acontecimento que comemoramos. Temos razões para dizer «hoje», pois cumpre-se hoje, pela celebração do mistério, o acontecimento que teve lugar há tanto tempo. Em Si mesmo, Cristo foi imolado de uma vez para sempre; contudo, é hoje imolado no mistério que celebramos, não apenas em cada festa pascal, mas todos os dias, para todos os povos. Não estamos, por isso, a mentir, quando afirmamos: «Hoje, Cristo foi imolado». Porque, se os sacramentos que cumprimos não tivessem uma verdadeira semelhança com a realidade de que são sinal, não seriam realmente sacramentos. Mas é justamente essa semelhança que permite designá-los pelo nome da realidade de que são sinal. Assim, o sacramento do corpo de Cristo que celebramos é, de alguma maneira, o corpo de Cristo; o mistério do sangue de Cristo que cumprimos é o sangue de Cristo. O mistério sacramental da fé é a realidade em que acreditamos.

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