Evangelho segundo São Lucas 17,1-6.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É inevitável que haja escândalos; mas ai daquele que os provoca.
Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma mó de moinho e o atirassem ao mar, do que ser ocasião de pecado para um só destes pequeninos.
Tende cuidado. Se teu irmão cometer uma ofensa, repreende-o, e, se ele se arrepender, perdoa-lhe.
Se te ofender sete vezes num dia e sete vezes vier ter contigo e te disser: ‘Estou arrependido’, tu lhe perdoarás».
Os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé».
O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: ‘Arranca-te daí e vai plantar-te no mar’, e ela vos obedeceria».
Tradução litúrgica da Bíblia
São Cipriano(200-258)
bispo de Cartago e mártir
«Os benefícios da paciência»,
15-16 ;cf SC291
15-16 ;cf SC291
«Tu lhe perdoarás»
«A caridade tudo ama, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta»(1Cor 13,7).
tudo espera, tudo suporta»(1Cor 13,7).
O apóstolo Paulo mostra-nos que, se esta virtude se pode manter com tal firmeza, é por ter sido mergulhada numa paciência a toda a prova; pois ele diz ainda: «Suportai-vos uns aos outros no amor, fazendo tudo o que está ao vosso alcance para guardar a unidade do espírito, no vínculo da paz» (Ef 4,2).
Não é possível manter a unidade nem a paz se os irmãos não se aplicarem a guardar a mútua tolerância e os laços da concórdia, pela paciência. Esta consiste em não insultar nem amaldiçoar, não reclamar o que nos tirarem, apresentar a outra face a quem nos bater, perdoar ao irmão que pecou contra nós, não só setenta vezes sete vezes, mas esquecendo todos os seus erros, amar os nossos inimigos, rezar pelos nossos adversários e pelos que nos perseguem.
Como conseguiremos cumprir tudo isto se não formos firmemente pacientes e tolerantes? Foi o que fez Santo Estêvão quando, em vez de clamar por vingança, pediu perdão para os seus carrascos, dizendo: «Senhor, não lhes imputes este pecado» (At 7,60).
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