segunda-feira, 5 de agosto de 2019

EVANGELHO DO DIA 5 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 14,13-21. 
Naquele tempo, quando Jesus ouviu dizer que João Baptista tinha sido morto, retirou-Se num barco para um local deserto e afastado. Mas logo que as multidões o souberam, deixando as suas cidades, seguiram-n’O por terra. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de compaixão, curou os seus doentes. Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Este local é deserto e a hora avançada. Manda embora toda esta gente, para que vá às aldeias comprar alimento». Mas Jesus respondeu-lhes: «Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer». Disseram-Lhe eles: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes». Disse Jesus: «Trazei-mos cá». Ordenou então à multidão que se sentasse na relva. Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção. Depois partiu os pães e deu-os aos discípulos, e os discípulos deram-nos à multidão. Todos comeram e ficaram saciados. E, dos pedaços que sobraram, encheram doze cestos. Ora, os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Hilário (c. 315-367) 
bispo de Poitiers,
doutor da Igreja 
Comentário sobre o 
Evangelho de Mateus, 14,12 
«Ergueu os olhos ao Céu 
e recitou a bênção» 
Após ter tomado os cinco pães, o Senhor ergueu o olhar para o Céu, para honrar Aquele de quem Ele próprio tem o ser. Não necessitava de olhar o Pai com os seus olhos humanos; mas quis fazer compreender aos que estavam presentes que a capacidade de realizar um ato que exigia tão grande poder fora recebida do Alto. Seguidamente, deu os pães aos discípulos. Não foi por multiplicação que os cinco pães se transformaram em muitos mais. Os pedaços sucediam-se e enganavam quem os partia; era como se tivessem sido partidos anteriormente! A matéria continuava a estender-se. [...] Por conseguinte não vos surpreenda que as fontes corram, que haja cachos nas cepas da vinha, que riachos de vinho escorram desses cachos. Os recursos da terra sucedem-se ao longo do ano, de acordo com um ritmo indestrutível. Uma tal multiplicação de pães revela a ação do autor do universo. Normalmente, Ele impõe um limite a semelhante crescimento, pois conhece a fundo as leis da matéria. Na criação visível, opera-se um trabalho invisível. O mistério da ação presente é obra do Senhor dos mistérios celestiais. O poder daquele que age excede toda a natureza, e o método deste poder ultrapassa a compreensão do facto. Só permanece a admiração por esse poder.

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