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Ainda na juventude, travou estreitas relações com a família de Neerias, filho de Maasias, governador de Jerusalém no seu tempo e cooperador de Helcias e de Safán nas reformas de Josias. Mais tarde, os dois filhos de Neerias, Baruc e Saraías, foram discípulos de Jeremias.
Os seus escritos mostram-nos que era dotado duma acrisolada piedade, duma humildade profunda, muito impressionável, abrasado no amor de Deus e entusiasta pela felicidade da pátria. Piedade e patriotismo; estas duas palavras resumem o seu carácter.
Assistiu às desgraças que profetizara: tomada de Jerusalém e deportação dos Judeus para Babilónia (589-587). Não seguiu os compatriotas para o exílio (587-538). Julga-se que se refugiou no Egipto e que lá morreu.
Não era homem para a luta; evitava a ostentação, fugindo de se pôr em evidência; a nota primacial do seu modo de ser era o amor, a dedicação. Lutava chorando; as armas de que se servia nos seus combates eram os queixumes, os mais amoráveis.
A sua vida foi uma profecia viva da paixão e morte de Jesus Cristo. Mas Jeremias não foi somente a figura de Jesus Cristo; profetizou explicitamente o nascimento, paixão e morte na cruz do Messias, e o estabelecimento da Igreja pelos Apóstolos.
Santo Epifânio refere que os fiéis costumavam ir ao seu sepulcro fazer oração, e com o pó que dele recolhiam saravam as mordeduras de áspides.
Cf. Pe. José Leite, SJ.
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