quarta-feira, 15 de maio de 2019

EVANGELHO DO DIA 15 DE MAIO

Evangelho segundo São João 12,44-50. 
Naquele tempo, Jesus disse em alta voz: «Quem acredita em Mim não é em Mim que acredita, mas n’Aquele que Me enviou; e quem Me vê, vê Aquele que Me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em Mim não fique nas trevas. Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, não sou Eu que o julgo, porque não vim para julgar o mundo, mas para o salvar. Quem Me rejeita e não acolhe as minhas palavras tem quem o julgue: a palavra que anunciei o julgará no último dia. Porque Eu não falei por Mim próprio: o Pai, que Me enviou, é que determinou o que havia de dizer e anunciar. E Eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, as palavras que Eu digo, digo-as como o Pai Mas disse a Mim». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Bento XVI papa de 2005 a 2013
Encíclica «Spe Salvi», § 26 
(trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana) 
«Não vim para julgar o mundo, mas para o salvar» 
Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor. Isto vale já no âmbito do mundo humano. Quando alguém experimenta um grande amor na sua vida, trata-se de um momento de «redenção» que lhe dá um sentido novo à vida. Mas, muito rapidamente, dar-se-á conta também de que o amor que lhe foi dado não resolve, por si só, o problema da sua vida. É um amor que permanece frágil; pode ser destruído pela morte. O ser humano necessita do amor incondicional. Precisa daquela certeza que o faz dizer: «Nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, nem a altura nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, Senhor nosso» (Rom 8,38-39). Se este amor absoluto existe, com absoluta certeza, então – e somente então – o homem está «redimido», independentemente do que lhe possa acontecer em dada circunstância. É isto que significa dizermos: Jesus Cristo «redimiu-nos». Através d'Ele, tornamo-nos seguros de Deus – de um Deus que não constitui uma remota «causa primeira» do mundo – porque o seu Filho unigénito fez-Se homem e d'Ele pode cada um dizer: «Vivo na fé do Filho de Deus que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim» (Gal 2,20).

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