Todos
os anos são santos, isto é, nos dão oportunidade de crescer no seguimento de
Jesus. Falado de um Ano Santo Extraordinário, falamos de uma chamada para um
tema importante que é proposto pelo Papa Francisco para desenvolvermos mais
nosso relacionamento com Deus e com os irmãos. No
dia 8 de dezembro, dia em que celebramos a Imaculada Conceição de Maria, o Papa
Francisco abriu o Ano Santo da Misericórdia que se estenderá até o dia 20 de
novembro de 2016 com a Solenidade de Cristo Rei do Universo. Vamos procurar
entender o sentido desse Ano Santo através das palavras do próprio Papa na bula
de proclamação, Misericordiae Vultus (Rosto da Misericórdia). O ponto de
partida é a Ssma. Trindade. A misericórdia fala da Ssma. Trindade que vem a nós.
E Jesus é o seu rosto misericordioso. Essa misericórdia não é um sentimento,
mas uma atitude e um modo de agir de Jesus. São esses os sentimentos que
moveram o Concílio Vaticano II aprofundar a reflexão sobre o Mistério da
Igreja. Papa Francisco diz que “a Igreja sentia
a responsabilidade de ser, no mundo, o sinal vivo do amor do Pai”. Não será um
jubileu reservado, mas aberto a todas as dioceses para fácil acesso de todos.
Aberto também aos doentes e prisioneiros. A imagem do bom Samaritano dominará
este Jubileu.
1664.Abrindo
o coração
O
interesse pelo Ano Santo era mais por aquilo que íamos receber de indulgências
e graças. O Ano da Misericórdia vai mais longe ensinando o que vamos fazer. A
graça vai aos necessitados através de nossas atitudes de misericórdia. Diz Papa
Francisco: “Neste
Jubileu, a Igreja sentir-se-á chamada ainda mais a cuidar destas feridas,
aliviá-las com o óleo da consolação, enfaixá-las com a misericórdia e tratá-las
com a solidariedade e a atenção devidas”... “Abramos os nossos olhos para ver
as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria
dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda”. E aconselha "É meu vivo desejo que o
povo cristão reflita, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia
corporal e espiritual. Redescubramos as obras de misericórdia
corporal: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os
nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos,
enterrar os mortos. E não esqueçamos as obras de misericórdia
espiritual: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os
pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as
pessoas molestas, rezar a Deus pelos vivos e defuntos”. Vemos aí a
importância das pastorais sociais, e o empenho político por um mundo melhor.
1665.
O grande perdão
Sob o aspecto espiritual o Jubileu inclui a indulgência.
Esta, no Ano Santo da Misericórdia, adquire uma relevância particular. O perdão
de Deus para os nossos pecados não conhece limites. É tempo de procurar a
reconciliação com Deus e com os irmãos. Não se trata de algo automático, mas é
opção de vida. O Papa explica a
indulgência: “No sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que
são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos
nossos comportamentos e pensamentos, permanece. A misericórdia de Deus, porém,
é mais forte também do que isso. Ela torna-se indulgência do
Pai que, através da Igreja, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer
resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a
crescer no amor, em vez de recair no pecado”. Vamos refletindo sobre esse Ano
da Graça aprofundando seu sentido e buscando iluminação para nossa vida.
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