quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

REFLETINDO A PALAVRA - “Laudato Si : Louvado Seja”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA-REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
1675. Uma inspiração de alto 
Nosso querido Papa Francisco tem nos dado momentos de muita alegria com seu ministério tão rico. Ele enriqueceu muito o carisma da figura do chefe da Igreja, o Papa. A história acabou por criar uma figura de Papa muito fechada. Dava a impressão que era um modo único de ser Papa, um modo único de agir e de escrever. Ele não rompe com a tradição, mas a enriquece. Seu próprio nome Francisco foi uma novidade. Não há outro Papa com esse nome. Essa encíclica, escrita não só aos católicos, mas a todas as pessoas e instituições do mundo, traz um nome diferente. Toma o nome de uma oração de S. Francisco, chamado Lodato si – Seja louvado. É o cântico do sol. Esse poema, ele o compõe pouco antes de morrer, já com grave problema de vista. Ele é o homem completo que tem em si o Universo e um amor universal que envolve a todos. Encanta-se com o mundo porque se encantou por Jesus Cristo. Sem Jesus nunca seremos completos. Papa Francisco parece ser um homem completo. Por isso incomoda muitos da Igreja que não querem ir além. Vamos refletir o documento Laudato Si, primeiramente numa visão geral, apoiados em reflexões de pessoas competentes. A sugestão continua: vamos ler o texto. Vale a pena. “Papa Francesco apresenta a Terra como a nossa casa comum e afirrma que a crise é socio-ambiental. Seu objetivo é que todos tomem consciência da realidade de destruição social e ambiental gerada pela ação humana, sobretudo no setor industrial”. O ser humano é considerado como um lixo a ser descartado. 
1677. Ver o Homem por inteiro 
O desenvolvimento econômico sem limites éticos, isto é, sem moral nem compromisso com o bem, promovido pela política e o poder econômico só pensa em se aproveitar ao máximo, sem pensar nos mais frágeis. Por isso vemos populações sem condições de vida porque destruiu o ambiente. Todo desenvolvimento só pode ir avante se for pensado por quem pensa na pessoa como um todo. Os pobres são as maiores vítimas. Há também os que criticam a situação, fazem belos discursos, mas não entram em contato com os sofredores. A Igreja tem que tomar cuidado com isso, pois faz belos discursos, mas não sai do asfalto, não suja as mãos com os necessitados. Outros não se sentem responsáveis. “A desigualdade dos países desenvolvidos e os que estão em via de desenvolvimento está presente em tantos abusos nas relações comerciais e nas atividades industriais que destroem o meio ambiente e a vida das pessoas”. Há boas iniciativas e reflexões que devem ser aproveitadas. Diminuindo a população não vai se resolver o problema. 
1677. Renovação do mundo 
O tema da situação do clima do mundo tem seu fundamento na Palavra de Deus. A fé pode contribuir para a solução do problema ambiental. Deu fez o mundo e o deu ao homem para cuidar dele. Tudo era harmonia. O pecado a destruiu, pois rompeu a relação com Deus, com o próximo e com o mundo. Deus convida a retomar o caminho, considerando em primeiro lugar que o mundo vai além do físico. O progresso não é ilimitado, pois tem que ver a pessoa humana em primeiro lugar. O fato de ter a posse, não dá o direito de destruir. O mundo nos foi dado para cuidar. Temos em relação ao mundo uma missão, mais que um poder. Em Jesus, somos convidados e viver integrados com a natureza, com o próximo e com Deus. O Papa convida todos os fiéis a serem coerentes com a fé para ajudar a humanidade a sair da crise sócio-ambiental. A religião não é só orações, mas é vida de compromisso em todas suas dimensões.

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