Evangelho segundo São Lucas 5,12-16.
Naquele tempo, estando Jesus em certa cidade,, apareceu um homem cheio de lepra. Ao ver Jesus, caiu de rosto por terra e suplicou-Lhe: «Senhor, se quiseres, podes curar-me».
Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo: «Eu quero, fica curado». E imediatamente a lepra o deixou.
Jesus ordenou-lhe que a ninguém o dissesse, mas acrescentou: «Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de Testemunho».
Cada vez se divulgava mais a fama de Jesus e reuniam-se grandes multidões para O ouvirem e serem curados dos seus males.
Mas Jesus costumava retirar-Se em lugares desertos para orar.
Tradução litúrgica da Bíblia
São Boaventura (1221-1274)
franciscano,
doutor da Igreja
Vida de São Francisco, Legenda Major, cap. 1
«Jesus estendeu a mão e tocou-lhe»
Um dia em que Francisco rezava em solidão e, levado pelo fervor, estava todo absorvido em Deus, o Senhor apareceu-lhe na Cruz. A esta visão, «a sua alma derreteu-se» (Cant 5,6) e a memória da Paixão de Cristo atingiu-o tão profundamente que a partir de então mal podia conter as lágrimas e os suspiros quando se punha a pensar no Crucificado; ele próprio o confessou um dia, pouco tempo antes de morrer. E assim ficou a compreender que era a ele que eram dirigidas as palavras do Evangelho: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me» (Mt 16,24).
A partir de então, abandonou-se ao espírito de pobreza, ao sabor da humildade e aos rasgos duma profunda piedade. Enquanto outrora não só a companhia, mas até a vista dum leproso, mesmo ao longe, o enchia de repugnância, daí em diante pôs-se a prestar-lhes todos os serviços possíveis com uma completa indiferença por si próprio, sempre humilde e todo humano, por causa de Cristo crucificado, que, nas palavras do profeta, foi tido e «desprezado como um leproso» (Is 53,3-4).
https://www.evangelhoquotidiano.org
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