Evangelho segundo São Lucas 14,12-14.
Naquele tempo, disse Jesus a um dos principais fariseus, que O tinha convidado para uma refeição: «Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te convidem e assim serás retribuído.
Mas quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos;
e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos».
Tradução litúrgica da Bíblia
São Vicente de Paulo (1581-1660)
presbítero,
fundador de comunidades religiosas
Excerto do Relatório do estado das Obras, 11/07/1657
«Convida os pobres»
Honrar Nosso Senhor é ir de encontro aos seus sentimentos, guardá-los, fazer o que Ele fez e levar a cabo o que mandou. Ora, os seus maiores sentimentos foram pelos pobres: tratar deles, curá-los, consolá-los, socorrê-los e protegê-los, em tudo isso pôs o Senhor o seu enlevo. Ele próprio quis nascer pobre, acolheu os pobres na sua companhia, serviu-os e pôs-Se no lugar deles, a ponto de dizer que o bem e o mal que lhes fizermos, é a Ele que o fazemos (Mt 25,40). Que amor tão terno era capaz de mostrar pelos pobres! E que amor, pergunto eu, podemos nós ter por Ele, senão o de amarmos a quem o Senhor amou? Amar os pobres é amar da melhor maneira, porque é servi-l'O e amá-l'O como devemos.
Ora, se podemos honrar um Salvador assim complacente, imitando-O desse modo, muito maior honra Lhe prestaremos, nessa imitação, identificando-nos com Ele! Não vedes aí um motivo suplementar para renovardes o vosso fervor? Por mim, estou convencido de que devemos oferecer-nos desse modo à sua divina Majestade [...], de tal sorte que se possa desde agora dizer que «a caridade de Cristo nos impele» (2Cor 5,14).
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