O povo de Deus é rico em suas
manifestações. Um povo bem servido de ministros desenvolve-se e responde sua
missão no mundo. Quando falamos de clericalismo queremos dizer que o padre é o
centro da vida da Igreja. Pior quando o padre se acha assim. O centro foi e
sempre será Jesus, o Cristo, morto, ressuscitado e glorificado junto do Pai.
Para Ele se encaminha todo o Universo, como nos escreve Paulo: “Conforme
decisão prévia que Lhe aprouve tomar... a de em Cristo recapitular todas as
coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra” (Ef 1,10). Cada um tem sua missão no
povo de Deus. Os sacerdotes têm uma missão particular por seu ministério ordenado
para o bem do povo. Sempre o povo de Deus foi muito ativo e consistente em sua
missão. Basta ver que em muitos países, os primeiros evangelizadores e os que introduziram
a fé cristã, foram leigos. Atualmente “cresceu a consciência da identidade e da
missão dos leigos na Igreja” (EG 102). Onde os missionários foram expulsos, leigos por
dezenas de anos, mantiveram a fé, o culto e a moral. Isso pude ver na Angola
durante a guerra civil. Os catequistas das aldeias que vinham à cidade, com
roupas aos trapos, tinham uma dignidade comovente. Eram homens de Deus. Não é
por toda parte que o leigo assume seu lugar na Igreja devido ao excessivo
clericalismo. Não foram formados o suficiente e são deixados de lado nas
decisões. Infelizmente o compromisso cristão não penetra com seus valores o
mundo político, social e econômico, diz Papa Francisco. Muitos leigos
participam bem da comunidade paroquial, mas não tomam as rédeas da sociedade e
não exercem a influência de transformação. Os leigos esperam uma formação que se
dará também pela participação.
1550.
Benditas as mulheres
Quando
se diz de leigo, se diz leigo e leiga. Há um empenho grande de se descobrir
sempre mais seu lugar na Igreja. É triste ver que ela é tratada como cristã de
segunda categoria. Há, atualmente, limites decorrentes da cultura. Mas não nos
esqueçamos que Jesus não colocou limites. Ele foi muito próximo das mulheres,
coisa que não eram os rabinos do tempo. Na história foram se colocando as
barreiras. Seríamos conseqüentes se assumíssemos que a maioria que participa da
Igreja é mulher. Catequistas, participantes de grupos de reflexão, as que se
dedicam à saúde, às crianças etc... são na maioria mulher. Há necessidade da
mulher na reflexão para podermos sair do machismo que domina tantos setores da
Igreja. Deus criou o homem e a mulher como partes de um só. Por isso só chegaremos
à maior perfeição na Igreja se retomarmos ao que Deus fez.
1551.
Jovens e crianças que transformam
A
santidade da Igreja não tem idade . Há muitos santos jovens e a maioria dos
santos começou seu caminho na juventude. O jovem que segue Jesus tem vigor
missionário. É uma pena que na Igreja, eles são abandonados. Não há uma palavra
para eles nem espaço nem compreensão. S. Bento dizia que se deve pedir a
opinião dos jovens, pois eles também têm o Espírito Santo. As crianças sejam
acolhidas. Quando nos sentirmos incomodados, o problema é nosso e não delas.
Lembramos também os idosos que têm uma experiência de fé que pode nos orientar.
Eles merecem nosso carinho e atenção porque deram a vida pela Igreja. Devem ser
os primeiros a serem contemplados nos projetos da comunidade paroquial e
diocesana. Todos fazem parte do povo de Deus. O Papa analisou a realidade da
evangelização. Vamos continuar a reflexão.
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