quinta-feira, 7 de junho de 2018

EVANGELHO DO DIA 7 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Marcos 12,28b-34. 
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» Jesus respondeu: «O primeiro é este: "Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças". O segundo é este: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Não há nenhum mandamento maior que estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além d’Ele. Amá-l’O com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-l’O. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno (c. 540-604) 
papa, doutor da Igreja 
Homilias sobre o Evangelho, n.º 30; PL 76, 1220 
«Não há nenhum mandamento maior que estes» 
Não se pode amar verdadeiramente a Deus sem amar o próximo, nem amar verdadeiramente o próximo sem amar a Deus. Foi por isto [...] que o Espírito foi dado aos apóstolos por duas vezes: primeiro, pelo Senhor enquanto vivia na Terra, e depois, pelo Senhor quando reinava no Céu (Jo 20,22; At 2). Foi-nos dado na Terra para amarmos o próximo, foi-nos dado do Céu para amarmos a Deus. Mas porque foi primeiro na Terra e depois no Céu? Para que compreendêssemos claramente estas palavras de João: «Quem não ama o seu irmão, que vê, não pode amar a Deus, que não vê» (1Jo 4,20). Assim, meus irmãos, cuidemos bem do nosso próximo; amemos aquele que está próximo de nós, para que nos seja possível amar Aquele que está acima de nós. Que o nosso espírito se exercite a dar ao próximo aquilo que deve a Deus, a fim de merecer gozar em Deus, com este mesmo próximo, de uma alegria perfeita. Alcançaremos então a alegria própria dos habitantes do Céu, cujo penhor recebemos já pelo dom do Espírito Santo. Tendamos com todo o nosso amor para este fim, onde rejubilaremos sem fim. Aí se encontra a assembleia santa dos cidadãos do Céu; aí se vive uma festa segura; aí está o repouso permanente; aí há uma paz verdadeira, que já não nos será apenas deixada, mas dada por Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 14,27).

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