A antífona de entrada “Alegrai-vos
sempre porque o Senhor está próximo” dá a este domingo o nome de “Gaudete”
(alegrai-vos). Nesse sentimento pedimos na oração da Missa “que possamos chegar
às alegrias da Salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na solene
liturgia”. Até as cores dos paramentos lembram o sol nascente simbolizando a
vinda de Cristo que se aproxima. Usa-se a simbologia da aurora que traz as
primeiras luzes do sol. Já sentimos a alegria do nascimento de Jesus que se
aproxima. A alegria é fruto do Espírito. A vinda de Cristo não se reduz ao
Natal, mas se anuncia como gloriosa na Páscoa. Tiago convida a ficar como o
agricultor que espera o precioso fruto da terra (Tg 5,7). Nesse ano a liturgia traz a figura de João Batista
que vê nas obras de Cristo os sinais do prometido Messias. E manda discípulos
seus perguntar se Êle é Aquele que deve vir (Mt 11,3). João vê que em Jesus se realizam as promessas do
Antigo Testamento. Jesus mostra que os milagres realizados correspondem à
profecia de Isaias e de outros profetas (Is 35,5): “Os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam,
os leprosos são curados os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, os pobres são
evangelizados (Mt 11,5).. João é
a figura da espera coerente. Por isso Jesus o elogia como mais que um profeta. Mas
o menor no Reino de Céus é maior do que João. Jesus é este menor do Reino. João
é testemunho da integridade. Não é um ramo que é levado de um lado para o outro
pelo vento. Não segue ideologias que atraem as pessoas para o vazio. Não vive do
luxo dos prazeres, como Herodes que tb estava no deserto. João é um profeta. É
um modelo para os cristãos como diz Tiago: “Tomai por modelo de sofrimento e
firmeza os profetas que falaram em nome do Senhor” (Tg 5,10). João se alegra com a vinda do Messias e dá por
cumprida sua missão.
Transformações da vinda de Cristo.
O
profeta Isaias acena para os tempos futuros dando ânimo aos que estavam
desanimados: “Dizei às pessoas deprimidas: ‘Criai animo, não tenhais medo!... Ele
vem para nos salvar... não mais conhecerão a dor” (Is 11,3.10). A transformação proclamada por Isaias anima o povo
muito sofrido com o desastre nacional. A promessa da volta do exílio traz uma
renovação. Esta renovação traz vida nova aos cegos, cochos, aleijados. É o que
Jesus apresenta como prova aos discípulos enviados por João: “Ide contar a João
o estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a visa, os paralíticos andam, os
leprosos são curados, os cegos vêem... Deus em sua fidelidade faz justiça aos
oprimidos, dá alimento aos famintos... abre os olhos aos cegos... ampara o
órfão e a viúva” (Sl 145). Socorrer
os sofredores é uma atitude Divina. O
tempo do Advento coloca em nossas mãos a responsabilidade de dar esse
testemunho ao mundo, cuidando dos necessitados. O papel do cristão é animar os
sofredores com atitudes concretas. Assim será profeta. Deverá ser firme na fé e
não um caniço agitado pelo vento.
Plenitude dos bens
A
oração da missa chama ao tempo do tempo de Natal: “Chegar às alegrias da
salvação e celebrá-la com intenso júbilo na solene liturgia”. Cristo não vem para o castigo, mas para dar a
recompensa de Deus. Ele vem para nos salvar (Is 35,4). Com Ele temos a plenitude dos bens. Vivemos a
plenitude da Graça na celebração do Natal, por isso é preciso preparar-se para
as festas (Oração final). A
melhor forma da graça é aquela que transforma a vida em graça. Jesus se fez tudo
para todos. É nosso modelo e força.
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