terça-feira, 10 de abril de 2018

ANTÓNIO NEYROT Dominicano, Mártir, Beato + 1460

António Neyrot nasceu em Rívoli, no Piemonte. Moço, deixou a terra natal e foi apresentar-se ao convento de São Marcos de Florença, então cedido aos irmãos pregadores de Fiesole, a pedido de Santo Antonino. Neyrot foi o derradeiro a receber o hábito e a professar no priorato de Antonino.Inconstante, António, muitas vezes, abandonava-se aos voos da imaginação. Assim, sentiu desejos de passar à Sicília.Embora Antonino lhe pedisse que não o fizesse, tendo-o mesmo ameaçado, António conseguiu autorização superior, e partiu. Tempos depois, de volta a Nápoles, foi feito prisioneiro por piratas, a meio caminho. Levado a Túnis com outros passageiros, prisioneiro, lembrou-se das predições de Antonino.De ânimo mais ou menos exaltado, levou o cativeiro com grande impaciência. 
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E a fé, a pouco e pouco, foi-se abatendo, abatendo, até que chegou ao ponto de renegar o Senhor Jesus Cristo, publicamente, e contratar um casamento sacrílego.A Túnis, constantemente, chegavam mercadores vindos da Itália. E, um dia, um deles. António ficou sabendo que Antonino falecera. Foi um choque. E, sabedor dos grandes milagres que ocorriam à tumba do bispo amigo, profundamente abalado, conjurou o bem-aventurado a socorrê-lo.Antonino apareceu-lhe, restituiu-lhe a perdida confiança, e António arrependeu-se das extravagâncias de há pouco. Para melhor reparar o mal, decidiu fazer a abjuração na presença das testemunhas mesmas da sua apostasia.Mudado, todo dado, e com fervor, aos exercícios da piedade, penitente, o bem-aventurado, na presença do rei, com grande coragem, disse-lhe que cria em Jesus Cristo, e que detestava imensamente o crime que cometera. Convidando-o, brandamente, a voltar a Maomé, o rei viu, com surpresa, que a determinação do antigo cativo era inabalável. Preso, António, edificando os demais prisioneiros, tomava para si um único pedaço de pão e distribuía o resto entre os companheiros.Dias mais tarde, levado à presença do juiz, este, inutilmente, tentou fazê-lo apostatar. Condenou-o então, à morte: teria os membros partidos e o corpo amassado.Levado, sem tardança, ao lugar do suplício, António, ali, pediu aos carrascos, tirando o hábito, que tornara a envergar desde o aparecimento de Antonino:
— Guardai este hábito. Se vós o preservardes de toda a mancha, os cristãos vos recompensarão.Em seguida, pedindo uns momentos para a última oração, ajoelhou-se e dirigiu-se a Deus, ardentemente. Como demorasse, a populaça, enraivecida e impaciente, lapidou-o. E, acendendo imensa fogueira, procuraram queimar-lhe o corpo, mas as chamas sobre ele não tiveram qualquer efeito.Atirado, então, a uma fossa cheia de imundices, ali o deixaram. Os mercadores genoveses que com António se davam, recolheram-no, lavaram respeitosamente e o enviaram para Génova, para, naquela cidade, ser enterrado, o que se deu a 10 de Abril de 1460.Inúmeros milagres foram, naquela oportunidade, operador pelo Senhor, que assim manifestava a glória do bem-aventurado servidor.Amadeu IX, duque da Sabóia, transferiu-lhe o corpo para Rívoli. Clemente XIII aprovou-lhe o culto em 1766.
(Livro Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume VI, p. 235 à 237)
http://alexandrina.balasar.free.fr/antonio_neyrot.htm

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