quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

EVANGELHO DO DIA 7 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo S. João 19,28-37.
Naquele tempo, sabendo que tudo estava consumado e para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse: «Tenho sede». Estava ali um vaso cheio de vinagre. Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre e levaram-Lha à boca. Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou: «Tudo está consumado». E, inclinando a cabeça, expirou. Por ser a Preparação da Páscoa, e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado – era um grande dia aquele sábado – os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado com ele. Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que viu é que dá testemunho e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis. Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso lhe será quebrado». Diz ainda outra passagem da Escritura: «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São João da Cruz (1542-1591), carmelita descalço,
doutor da Igreja 
Avis et maximes
«Cria em mim, ó Deus, um coração puro» (Sl 50, 12)
A pureza do coração corresponde ao grau de amor e de graça de Deus; assim, quando o nosso Salvador chama bem-aventurados àqueles que têm o coração puro (Mt 5,8), está a referir-Se àqueles que estão cheios de amor, porque a beatitude é-nos dada segundo o grau do nosso amor. Aquele que ama verdadeiramente a Deus não cora diante do mundo por aquilo que faz para Deus, não o esconde com atrapalhação, ainda que o mundo inteiro venha a condená-lo. Aquele que ama verdadeiramente a Deus vê como um ganho e uma recompensa a perda de todas as coisas criadas, e até a perda de si próprio por amor a Deus [...]. Aquele que trabalha para Deus com um amor puro, não só não se perturba por ser visto pelos homens, como também não age de forma a ser visto por Deus [...]. É coisa grande exercitarmo-nos muito na prática do amor santo, porque a alma que atinge a perfeição e a consumpção do amor não tardará, seja nesta vida, seja na outra, a ver o rosto de Deus. Aquele que tem o coração puro aproveita igualmente a elevação e a humilhação para se tornar sempre mais puro, enquanto o coração impuro apenas se serve dele para produzir ainda mais frutos de impureza. O coração derrama sobre todas as coisas um saboroso conhecimento de Deus, casto, puro, espiritual, cheio de alegria e de amor.

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