segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

O BARRO É POUCO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA

Dom Oto estava a caminho de uma aldeia, onde iria administrar o sacramento da Crisma. Era ainda no tempo dos carros de tração animal. Quando chegou a uma ladeira íngreme, achou bom descer do carro a fim de aliviar o peso para o cavalo. Quem carrega nos ombros toda uma diocese, devia estar bem pesado! Caminhando a pé, viu à beira da estrada um menino que guardava pequeno rebanho de vacas. Para se entreter e passar o tempo, ocupava-se em modelar bonequinhos de barro. Dom Oto perguntou curioso: 
-Olá, menino, o que está fazendo?
-Ora, figurinhas de barro. 
-Estão bonitas. Explique-me o que representam. 
-Este homem comprido e magro é nosso professor. Este outro, baixo e gordinho, é nosso catequista... 
-Muito bem. Você sabe quem sou eu? 
O garoto encarou bem o bispo e respondeu: 
-Deve ser o vigário. 
-Não. Sou um pouco mais que o vigário. 
-Ah! já sei. O senhor é o bispo.
Acertou. Sou o bispo que vai visitar a aldeia. Gostei da sua arte. Você é capaz de fazer um homenzinho que nem eu? 
O menino tornou a encarar o volumoso bispo de alto a baixo, e respondeu: 
-Não dá, não. O barro é pouco. 
O bispo riu-se à vontade da saída espirituosa do menino. Nas rodas de amigos e colegas contava freqüentes vezes, e com satisfação, este caso engraçado...
Como é bom levar na esportiva as brincadeiras que os outros fazem às nossas custas. Conde Oto (+1867), bispo de Graz, na Áustria.
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