sexta-feira, 10 de março de 2017

EVANGELHO DO DIA 10 DE MARÇO

Evangelho segundo S. Mateus 5,20-26.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não matarás; quem matar será submetido a julgamento’. Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao Sinédrio, e quem lhe chamar louco será submetido à geena de fogo. Portanto, se fores apresentar a tua oferta ao altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta. Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto vais com ele a caminho, não seja caso que te entregue ao juiz, o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir 
A oração do Senhor 
«Se te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, [...] vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão».
«A medida com que medirdes servirá para vos medir» (Mt 7,2). O servidor a quem o senhor tinha perdoado todas as dívidas mas que não quis agir de igual forma para com um dos seus companheiros foi lançado na prisão: não querendo perdoar ao seu companheiro, perdeu o perdão que já tinha alcançado do seu senhor (Mt 18,23s). Nos seus preceitos, Cristo ensina esta verdade com um vigor severo: «Quando vos levantardes para orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe primeiro, para que o vosso Pai que está no céu vos perdoe também as vossas ofensas» (Mc 11,25). 
Deus ordenou-nos que estivéssemos em paz e em boa relação com todos, que vivêssemos unânimes em sua casa. Ele quer que, uma vez regenerados, mantenhamos a condição em que este segundo nascimento nos colocou. Uma vez que somos filhos de Deus, quer que permaneçamos na sua paz e, já que recebemos o mesmo Espírito, que vivamos em unidade de coração e de pensamentos. É por isso que Deus não aceita o sacrifício dos que vivem em dissensão; ordena mesmo que nos afastemos do altar para nos reconciliarmos primeiro com os irmãos, para que Ele possa acolher as orações apresentadas na paz. A mais bela oferenda que podemos fazer a Deus é a nossa paz, é o acordo fraterno, é o povo reunido por esta unidade que existe entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. 

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