sábado, 4 de fevereiro de 2017

JOSÉ DE LEONISSA Franciscano capuchinho, Santo 1556-1612

São José de Leonissa, nasceu a 8 de Janeiro de 1556 em Leonissa. Quando tinha 16 anos entrou em Rieti na Ordem dos Capuchinhos. Fez o noviciado no pequenino convento de Carcerelle, junto a Assis, onde se exercitou na mais dura penitência. Usando uma típica expressão franciscana, chamava ao seu corpo o "irmão burro" e tratava-o com pouco alimento e as mais diversas privações. Escolheu para si o caminho da humildade e da pobreza. A 21 de Maio de 1581 foi ordenado sacerdote em Perugia e, em seguida, destinado ao ofício de pregador. No dia 1 de Maio de 1587, com mais dois irmãos chegava a Constantinopla para fundar ali uma Missão. Interessou-se pela libertação dos cristãos caídos na escravatura, deu-lhes alento na sua fé e reconduziu à Igreja até um Bispo que havia apostatado. Acabou por cair prisioneiro dos Turcos, por causa do seu atrevimento em tentar ir pregar ao mesmo Sultão Murad III. Ali foi açoitado e depois suspenso de uma trave sob a qual acenderam uma fogueira que ardia lentamente. Durante três dias permaneceu suspenso por um gancho numa das mãos e outro num dos pés. E não morreu. Só Deus sabe como conseguiu sobreviver a este suplício e como se curaram as suas terríveis feridas. Falou-se da intervenção milagrosa de um anjo que teria alentado o seu corpo e curado as suas chagas. Certamente não é fácil de explicar de outro modo aquela resistência que desafia todas as leis naturais. E foi quase um milagre que o Sultão, maravilhado pelo que sucedera, comutasse a pena de morte pelo exílio perpétuo. Em Constantinopla, de facto, São José praticou um gesto propriamente de um louco. Tentou entrar no palácio para pregar diante do Sultão, esperando vir a convertê-lo. Preso pelos guardas, foi julgado como réu de crime de lesa majestade. Voltando para Itália, pôde prosseguir na mesma vocação missionária que o levara a pregar até diante do Sultão. Agora, porém, ele era pregador à saída das casas, nas aldeias, nas cidades da Umbria. Os resultados foram verdadeiramente consoladores: conversões e reconciliações em toda a parte. A vida penitente e os carismas sobrenaturais aumentavam a eficácia da sua palavra. Promoveu obras de assistência social como os "Monte Pios", Hospitais e outras obras de beneficência. No Arquivo da Postulação Geral dos Capuchinhos existe um vastíssimo material de manuscritos, pregações, homilias, panegíricos e outros apontamentos de pregação. Quando tinha 57 anos de idade acabou por ficar doente. Retirou-se para o convento de Amatrice, junto a Rieti. Ali verificaram que ele era vítima de um tumor. Tentaram operá-lo, Deus sabe de que maneira. Foi aquele o seu segundo martírio. Recusou, porém, ser amarrado como sugeriam os médicos. Não se levantou mais da cama. Como anestésico, conservava apenas por longo tempo o crucifixo apertado contra o peito. Era o dia 4 de Fevereiro de 1612 quando entregou a sua alma a Deus. Foi canonizado por Bento XIV a 29 de Junho de 1746.

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