Evangelho segundo S. Marcos 8,1-10.
Naqueles
dias, juntou-se novamente uma grande multidão e, como não tinham que comer,
Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Tenho pena desta multidão; há já
três dias que estão comigo e não têm que comer. Se os despedir sem alimento
para suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns vieram de longe». Responderam-Lhe os discípulos: «Como se poderia saciá-los de pão, aqui num
deserto?». Mas Jesus perguntou: «Quantos pães tendes?». Eles responderam:
«Temos sete». Então Jesus ordenou à multidão que se sentasse no chão. Depois
tomou os sete pães e, dando graças, partiu-os e deu-os aos discípulos, para que
os distribuíssem, e eles distribuíram-nos à multidão. Tinham também alguns
pequenos peixes. Jesus pronunciou sobre eles a bênção e disse que os
distribuíssem também. Comeram e ficaram saciados. Dos bocados que sobraram
encheram sete cestos. Eram cerca de quatro mil pessoas. Então Jesus
despediu-os e, subindo para o barco com os discípulos, dirigiu-se para a
região de Dalmanutá.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Catecismo da Igreja Católica
§§
1391-1395
Os frutos da comunhão eucarística: Receber a
eucaristia na comunhão traz consigo, como fruto principal, a união íntima com
Cristo Jesus. De facto, o Senhor diz: «Quem come a minha carne e bebe o meu
sangue permanece em Mim e Eu nele» (Jo 6,56). A vida em Cristo tem o seu
fundamento no banquete eucarístico: «Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu
vivo pelo Pai, também o que Me come viverá por Mim» (Jo 6,57). [...]
O
que o alimento material produz na nossa vida corporal, realiza-o a comunhão, de
modo admirável, na nossa vida espiritual. A comunhão da carne de Cristo
ressuscitado, «vivificada pelo Espírito Santo e vivificante», conserva, aumenta
e renova a vida da graça recebida no batismo. Este crescimento da vida cristã
precisa de ser alimentado pela comunhão eucarística, pão da nossa peregrinação,
até à hora da morte, em que nos será dado como viático.
A comunhão
afasta-nos do pecado: O corpo de Cristo que recebemos na comunhão é «entregue
por nós» e o sangue que bebemos é «derramado pela multidão, para remissão dos
pecados». É por isso que a eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem nos
purificar, ao mesmo tempo, dos pecados cometidos, e nos preservar dos pecados
futuros: «Sempre que O recebemos, anunciamos a morte do Senhor» (1Cor 11,26). Se
anunciamos a morte do Senhor, anunciamos a remissão dos pecados. [...]
Tal como o alimento corporal serve para restaurar as forças perdidas,
assim também a eucaristia fortifica a caridade que, na vida quotidiana, tende a
enfraquecer; e esta caridade vivificada apaga os pecados veniais. [...] Pela
mesma caridade que acende em nós, a eucaristia preserva-nos dos pecados mortais
futuros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário