sábado, 7 de janeiro de 2017

EVANGELHO DO DIA 7 DE JANEIRO

Evangelho segundo S. João 2,1-11.
Naquele tempo, realizou-se um casamento em Caná da Galileia e estava lá a Mãe de Jesus. Jesus e os seus discípulos foram também convidados para o casamento. A certa altura faltou o vinho. Então a Mãe de Jesus disse-Lhe: «Não têm vinho». Jesus respondeu-Lhe: «Mulher, que temos nós com isso? Ainda não chegou a minha hora» Sua Mãe disse aos serventes: «Fazei tudo o que Ele vos disser». Havia ali seis talhas de pedra, destinadas à purificação dos judeus, e cada uma levava duas ou três medidas. 
Disse-lhes Jesus: «Enchei essas talhas de água». Eles encheram-nas até acima. Depois disse-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa». E eles levaram. Quando o chefe de mesa provou a água transformada em vinho, — ele não sabia de onde viera, pois só os serventes, que tinham tirado a água, sabiam — chamou o noivo e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho bom e, depois de os convidados terem bebido bem, serve o inferior. Mas tu guardaste o vinho bom até agora». Foi assim que, em Caná da Galileia, Jesus deu início aos seus milagres. Manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram n’Ele. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja 
Diatessarum XII 
«Guardaste o vinho bom até agora»
No deserto, Nosso Senhor multiplicou o pão, e em Caná transformou a água em vinho. Habituou assim a boca dos homens ao seu pão e ao seu vinho, até ao momento em que lhes deu o seu corpo e o seu sangue. Fê-los saborear um pão e um vinho transitórios, para fazer crescer neles o desejo do seu corpo e do seu sangue vivificantes. [...] Atraiu-nos com coisas agradáveis ao paladar, para nos conduzir àquilo que vivifica plenamente a nossa alma. Escondeu a doçura no vinho que fez, para mostrar aos convidados que tesouro incomparável se esconde no seu sangue vivificante. 
Como primeiro sinal, deu um vinho agradável aos convidados, para manifestar que o seu sangue alegraria todas as nações. Com efeito, assim como o vinho intervém em todas as alegrias da Terra, assim também todas as libertações se prendem com o mistério do seu sangue. Ele deu aos convidados de Caná um vinho excelente que lhes transformou o espírito, para lhes mostrar que a doutrina de que ia abeberá-los lhes transformaria o coração. 
Este vinho, que no princípio não era senão água, foi transformado nos cântaros, símbolos dos primeiros mandamentos enviados por Ele com vista à perfeição. A água transformada é a Lei levada ao seu cumprimento. Os convidados da boda beberam aquilo que tinha sido água, mas que já não sabia a água. Do mesmo modo, quando ouvimos os antigos mandamentos, não os saboreamos no seu antigo sabor, mas no novo.

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