Evangelho segundo S. João 1,35-42.
Naquele
tempo, estava João Baptista com dois dos seus discípulos e, vendo Jesus que
passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus». Os dois discípulos ouviram-no
dizer aquelas palavras e seguiram Jesus.Entretanto, Jesus voltou-Se; e, ao
ver que O seguiam, disse-lhes: «Que procurais?» Eles responderam: «Rabi — que
quer dizer ‘Mestre’ — onde moras?» Disse-lhes Jesus: «Vinde ver». Eles foram
ver onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Era por volta das quatro horas da
tarde. André, irmão de Simão Pedro, foi um dos que ouviram João e seguiram
Jesus. Foi procurar primeiro seu irmão Simão e disse-lhe: «Encontrámos o
Messias» — que quer dizer ‘Cristo’ — ; e levou-o a Jesus. Fitando nele os
olhos, Jesus disse-lhe: «Tu és Simão, filho de João. Chamar-te-ás Cefas» — que
quer dizer ‘Pedro’.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Romano, o Melodista (?-c. 560),
compositor de hinos
Hino XVII, §§ 12-13
«Vinde ver»
O pecado foi apagado e foi-nos dada a
incorruptibilidade (1Cor 15,53); o precursor manifestou-nos a recuperação da
graça ao dizer: «Eis o Cordeiro de Deus, que toma sobre Si os pecados do mundo.»
Ele mostrou a ata da anulação aos que tinham contraído pesada dívida. Aquele que
tinha saltado de alegria no seio materno proclamou-o hoje, e deu-o a conhecer
Aquele que nos apareceu e tudo iluminou.
O Batista proclama o mistério,
chamando cordeiro ao pastor, e não apenas cordeiro, mas cordeiro que apaga todos
os pecados. «Eis o cordeiro», diz; deixámos de ter necessidade de um bode
expiatório (Lv 16,21). Erguei as mãos para Ele, todos vós, reconhecendo os
vossos pecados, pois Ele veio para tirar, juntamente com os do povo, os pecados
de todo o mundo. Do alto do Céu, o Pai enviou-nos a todos este dom: Aquele que
apareceu e que tudo iluminou. [...]
Ele dissipou a noite funesta; graças
a Ele, tudo é claridade. Resplandeceu sobre o mundo a luz que não conhece
declínio, Jesus, nosso Salvador. Na abundância, a terra de Zabulão imita o
paraíso, pois é regada por uma corrente de delícias, e por ela corre uma
torrente de águas sempre vivas. [...] Na Galileia, contemplamos hoje a fonte de
água viva, Aquele que apareceu e tudo iluminou (cf. Mt 4,15-16; Sl 35,9-10).
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