Evangelho segundo S. Mateus 25,1-13.
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus
pode comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro
do esposo. Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes. As insensatas,
ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as
prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias. Como o esposo se
demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram. No meio da noite
ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’. Então, as virgens
levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas. As insensatas
disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a
apagar-se’. Mas as prudentes responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para
vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’. Mas, enquanto foram comprá-lo,
chegou o esposo: as que estavam preparadas entraram com ele para o banquete
nupcial; e a porta fechou-se. Mais tarde, chegaram também as outras virgens
e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’. Mas ele respondeu: ‘Em
verdade vos digo: Não vos conheço’. Portanto, vigiai, porque não sabeis o
dia nem a hora».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos
Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Homilia de canonização de Santa
Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), 11/10/98
«Aí vem o esposo; ide ao seu encontro.»
Diletos irmãos e irmãs! Porque era judia,
Edith Stein foi deportada, juntamente com sua irmã Rosa e muitos outros judeus
dos Países Baixos, para o campo de concentração de Auschwitz, onde com eles
encontrou a morte nas câmaras de gás. Hoje recordamo-los com profundo respeito.
Poucos dias antes da sua deportação, a quem lhe oferecia uma possibilidade de
salvar a vida, a religiosa respondera: «Não o façais! Porque haveria eu de ser
excluída? É justo que não retire vantagens do meu batismo. Se não posso
compartilhar a sorte dos meus irmãos e das minhas irmãs, num certo sentido a
minha vida será destruída.»
Doravante, ao celebrarmos a memória da nova
santa, não poderemos deixar de recordar todos os anos também a Shoah, aquele
atroz plano de eliminação de um povo que custou a vida a milhões de irmãos e
irmãs judeus. O Senhor faça brilhar o seu rosto sobre eles, concedendo-lhes a
paz (cf Nm 6,25 ss). Por amor de Deus e do homem, lanço de novo um premente
brado: nunca mais se repita semelhante iniciativa criminosa com nenhum grupo
étnico, povo ou raça, em qualquer recanto da Terra! É um brado que dirijo a
todos os homens e mulheres de boa vontade; a todos aqueles que creem no Deus
eterno e justo; a todos aqueles que se sentem unidos a Cristo, Verbo de Deus
encarnado. Todos temos a obrigação de ser solidários: é a dignidade humana que
está em jogo. Só existe uma família humana.
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