sexta-feira, 13 de maio de 2016

UMA PSICÓLOGA VAI FALAR - II

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
4. Não subornar: As crianças devem ser acostumadas a agir dentro de um senso de obrigação. “Se o único jeito de conseguirmos fazer com que as crianças façam o que mandamos é oferecendo algo, nos deixamos vulneráveis a ter que pensar em maiores e melhores ‘mimos’ com o tempo. Além disso, essa ação dá às nossas crianças a permissão de perguntar ‘o que você me dará se eu fizer isso?’ – e esse não é um bom hábito para se encorajar”. 
5. Não ameace: Ameaças funcionam com "se você não fizer isso..., então eu irei…”. Agindo assim, você abre um contrato e isso dá margem para a criança negar a oferta. "Aprendi essa lição muito cedo com o meu primeiro filho. Quando dizia 'Robert, se você não guardar seus brinquedos agora, não iremos ao parque essa tarde', ele apenas respondia 'tudo bem'. E eu ficava sem saber para onde ir", relembra.
"Outro problema em ameaçar é que, se você fala que irá fazer algo, é obrigado a cumprir isso. A maioria das ameaças que tem como objetivo persuadir a criança a fazer o que foi pedido nos pune mais do que a elas". E exemplifica: “Os pais ameaçam: 'Se você não fizer isso imediatamente, não verá mais TV pelos próximos três dias'. É mais provável que a vida de quem diz isso fica mais difícil com essa ameaça?".
6. Saber como punir: Algumas crianças aprendem, através das punições, mas muitas se tornam ressentidas, irritadas e se sentem tratadas de forma desleal. “Também, se usarmos a punição, nossos filhos podem simplesmente aprender como aguentá-las – e voltar a fazer aquilo que tentamos evitar”. Mas se os pais deixarem de explicar, avisar, adular, subornar, ameaçar e punir, o que eles podem fazer?
7. Peça uma vez só: Os pais peçam o que deve ser feito e observem a resposta do filho. Isso dará a eles uma informação importante. “Quando as crianças se negam a fazer o que foi pedido, eles usualmente expressam uma das três formas: tristeza, irritação ou distanciamento”.
8. Agir: Se seu filho não respondeu a nenhuma das ações anteriores, você precisa fazer algo. “A coisa mais efetiva que você pode fazer é usar a ‘distância emocional’ até que ele esteja pronto para fazer o que foi pedido”. “Pegue-o no colo ou pela mão e o leve para o quarto. Diga firmemente ‘você é bem-vindo para se juntar à família assim que estiver pronto para fazer o que pedi’, e deixe-o sozinho”.  E assim ele vai reverter o que disse ou fez. Resumindo tudo o que dito, aprendamos a tratar as crianças com "amor exigente". Seja sempre a Sagrada Família nosso exemplo: Ele crescia em sabedoria, idade e graça, sempre dócil e obediente... (Lc 2,51)

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