terça-feira, 3 de maio de 2016

EVANGELHO DO DIA 3 DE MAIO

Evangelho segundo S. João 14,6-14.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida: ninguém vai ao Pai senão por Mim. Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes». Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta». Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que vos digo, não as digo por Mim próprio, mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras. Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Acreditai ao menos pelas minhas obras. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja 
Sobre a Trindade, 7, 34-36 
«Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta»
Jesus disse: «Se ficastes a conhecer-Me, conhecereis também o meu Pai. E já O conheceis, pois estais a vê-Lo.» Quem se vê é Jesus Cristo homem. Os apóstolos têm diante dos olhos o seu aspecto exterior, isto é, a sua natureza de homem, ao passo que Deus, liberto de toda a carne, não é reconhecível num miserável corpo carnal. Como é então que conhecer a Cristo é conhecer também o Pai? 
Estas palavras inesperadas perturbam o apóstolo Filipe, pois a fraqueza do seu espírito humano não lhe permite compreender uma afirmação tão estranha. [...] Então, com a impetuosidade que resultava da sua familiaridade e da sua fidelidade de apóstolo, ele diz ao Mestre: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta.» Não é que deseje contemplar o Pai com os olhos físicos; mas pede para compreender aquilo que vê com esses olhos. Porque, vendo o Filho na sua forma humana, não compreende como foi que, desse modo, viu o Pai. [...] 
O Senhor responde-lhe então: «Há tanto tempo estou convosco e não Me conheces, Filipe?», repreendendo-o por ignorar quem Ele era. [...] Porque é que não O tinham reconhecido, a Ele que há tanto tempo procuravam? É que, para O reconhecerem, tinham de reconhecer que a divindade, a natureza do Pai, estava nele. Na verdade, todas as obras que Ele tinha feito eram próprias de Deus: caminhar sobre as águas, dar ordens ao vento, realizar coisas impossíveis de compreender, como transformar a água em vinho e multiplicar os pães [...], afugentar os demónios, curar doenças, dar remédio às enfermidades do corpo, corrigir malformações congénitas, perdoar os pecados, devolver a vida aos mortos. Tudo isso fora feito pelo seu corpo de carne, e tudo isso Lhe permite proclamar-Se Filho de Deus. Daí a sua reprimenda e a sua queixa: por causa da realidade misteriosa do seu nascimento humano, eles não se tinham apercebido da natureza divina que realizava estes milagres na natureza humana que o Filho tinha assumido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário