domingo, 15 de maio de 2016

EVANGELHO DO DIA 15 DE MAIO

Evangelho segundo S. João 14,15-16.23b-26.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos. E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Paráclito, para estar sempre convosco. Quem Me ama guardará a minha palavra, e meu Pai o amará; Nós viremos a Ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou. Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja-Sermão 155 
Pentecostes, o coroamento da Páscoa
O povo judeu celebrava a Páscoa, como sabeis, com a imolação de um cordeiro, que depois comia com pães ázimos. Esta imolação do cordeiro prefigurava a imolação de Jesus Cristo, e os pães ázimos, a vida nova purificada do velho fermento. [...] E, cinquenta dias depois da Páscoa, este mesmo povo festejava o momento em que Deus lhe dera, sobre o Monte Sinai, a Lei escrita com sua mão, com seu dedo. À figura da Páscoa sucede a Páscoa em plenitude (1Cor 5,7): Jesus Cristo foi imolado e fez-nos passar da morte à vida. A palavra Páscoa significa «passagem», e é isso que o evangelista exprime ao dizer: «Chegada a hora em que Jesus havia de passar deste mundo para o Pai...» (Jo 13,1) [...] 
Cinquenta dias depois, o Espírito Santo, «o dedo de Deus» (Lc 11,20), desce sobre os discípulos. Mas vede que diferença de circunstâncias em relação ao Sinai. Lá, o povo mantinha-se ao longe, dominado pelo temor e não pelo amor. [...] Pelo contrário, quando o Espírito Santo desceu, os discípulos estavam todos reunidos num mesmo lugar, e o Espírito, longe de os atemorizar do alto da montanha, entra na casa onde eles estavam reunidos. 
«Viram», diz a Escritura, «umas línguas, à maneira de fogo, que se iam dividindo». Tratar-se-ai de um fogo que semeava o temor? De maneira nenhuma! Essas línguas de fogo poisaram sobre cada um deles e eles começaram a falar diversas línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem. Escutai as línguas que eles falam e compreendei que é o Espírito quem escreve, não sobre a pedra, mas nos corações (2Cor 3,3). Assim, pois, a lei do Espírito de vida, escrita no coração e não sobre a pedra, a lei do Espírito de vida, digo, está em Jesus em quem a Páscoa foi celebrada na plenitude da verdade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário