quarta-feira, 2 de setembro de 2015

EVANGELHO DO DIA 2 DE SETEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 4,38-44.
Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre muito alta e pediram a Jesus que fizesse alguma coisa por ela. Jesus, aproximando-Se da sua cabeceira, falou imperiosamente à febre, e a febre deixou-a. Ela levantou-se e começou logo a servi-los. Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes com diversas enfermidades traziam-nos a Jesus e Jesus, impondo as mãos sobre cada um deles, curava-os. De muitos deles saíam demónios, que diziam em altos gritos: «Tu és o Filho de Deus». Mas Jesus, em tom severo, impedia-os de falar, porque sabiam que Ele era o Messias. Ao romper do dia, Jesus dirigiu-Se a um lugar deserto. A multidão foi à procura d’Ele e, tendo-O encontrado, queria retê-l’O, para que não os deixasse. Mas Jesus disse-lhes: «Tenho de ir também às outras cidades anunciar a boa nova do reino de Deus, porque para isto fui enviado». E pregava pelas sinagogas da Judeia. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, depois cisterciense 
Meditações 
«Dirigiu-Se a um lugar deserto»
Ó Tu, meu refúgio e minha força, leva-me, como outrora levaste o teu servo Moisés, ao interior do teu deserto, ao lugar onde a sarça arde sem se consumir (cf Ex 3), onde a alma, invadida pelo fogo do Espírito Santo, se torna ardente sem se consumir, mas purificando-se. 
Leva-me a esse lugar onde não é possível permanecer e por onde não se avança sem antes se terem desatado as correias dos entraves carnais, onde Aquele que é não Se deixa certamente ver tal como é, mas onde, no entanto, se pode ouvi-Lo dizer: «Eu sou Aquele que sou!» Nesse lugar, temos de cobrir o rosto para não ver o Senhor face a face (1Rs 19,13), mas também temos de nos esforçar por escutar com humildade e obediência, para discernir o que Deus nos diz no interior do coração. 
Enquanto espero, esconde-me, Senhor, no recôndito da tua tenda (Sl 26,5) no dia da desgraça; esconde-me ao abrigo da tua face longe das línguas provocadoras (Sl 30,21), porque me impuseste o teu jugo suave e o teu fardo leve (Mt 11,30). E, quando me fazes medir a distância entre o teu serviço e o do mundo, com voz terna e doce me perguntas se é mais agradável servir-Te a Ti, o Deus vivo, do que a deuses estranhos (2Cr 12,8). Então, eu adoro essa mão que pesa sobre mim e exclamo: «Já me dominaram por demasiado tempo outros mestres, que não Tu! Só a Ti desejo pertencer, porque o teu braço me mantém erguido!» 

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