sexta-feira, 12 de junho de 2015

EVANGELHO DO DIA 12 DE JUNHO

Evangelho segundo S. João 19,31-37. 

Por ser  a Preparação da Páscoa, e para evitar que no sábado ficassem os corpos na cruz, porque aquele sábado era um dia muito solene, os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado com ele. Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que viu é que dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis. Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso lhe será quebrado».Diz ainda outra passagem da Escritura: «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram». 

Comentário do dia 

São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja 
A Árvore da Vida, 29-30. Opera omnia 8, 79

Eis o coração que tanto amou os homens
Contempla, ó homem que foste salvo, Aquele que por ti foi pregado na cruz. [...] Levanta-te, tu que amas a Cristo, sê como a pomba «que faz o seu ninho no fundo da fresta» (Jer 48,28); aí, «como o passarinho que encontrou a sua morada» (Sl 83.4), vigiarás permanentemente, e como a toutinegra abrigarás os teus filhinhos e estenderás a boca para «beber água das fontes da salvação» (Is 12,3). Com efeito, essa é «a fonte que, brotando no meio do Éden, se divide em quatro braços» (Gn 2,10) e, derramada nos corações dos fiéis, irriga e fecunda a terra inteira. [...]
Corre, pois, até essa fonte de vida e de luz com um vivo desejo, sejas tu quem fores, e, no teu amor a Deus, grita-Lhe com toda a força do teu coração: «Ó beleza inefável do Altíssimo, esplendor puríssimo da luz eterna, vida que vivificas toda a vida, claridade que iluminas toda a luz e conservas em eterno fulgor os diversos astros que brilham diante do trono da tua divindade desde o início dos tempos! Ó torrente eterna e inacessível, límpida e suave, cuja fonte está escondida aos olhos de todos os mortais! A tua profundeza é sem fundo, a tua altura sem limites, a tua largura sem margens, a tua pureza sem qualquer mancha. É de Ti que emana "o rio que alegra a cidade de Deus" (Sl 45,5), [...] para que Te cantemos hinos de louvor, "em explosão de alegria e de acção de graças" (Sl 41,5), pois sabemos por experiência que "junto a Ti está a fonte da vida e na tua luz veremos a luz" (Sl 35,10).»

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