Evangelho segundo S. Mateus 11,25-30.
Naquele
tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da terra, porque
escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos
pequeninos. Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado. Tudo me foi
entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém
conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.» «Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de
aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso
e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o
meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»
Da Bíblia Sagrada -
Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da
Igreja
Sermão 34; CCL 41, 423-426.
«Eu Te bendigo, ó Pai»
Somos convidados a «cantar ao Senhor um
cântico novo» (Sl 149,1). É o homem novo que conhece este cântico novo. O
cântico é alegria e, se reflectirmos um pouco, trata-se de um cântico de amor:
quem sabe amar a vida nova conhece este cântico novo. Por isso, temos de saber o
que é a vida nova, para podermos entoar este cântico novo. Tudo aqui pertence ao
mesmo Reino: o homem novo, o cântico novo, a nova Aliança. O homem novo entoará
um cântico novo e pertencerá à nova Aliança. […]
Dirás: «Eu canto
esse cântico.» Cantas, sim, cantas e eu ouço-te. Mas toma cuidado para que a tua
vida não contradiga a tua língua. Canta com a voz, canta com o coração, canta
com a boca, canta com a tua conduta, «canta ao Senhor um cântico novo».
Perguntas o que hás-de cantar Àquele que amas […], e que louvores poderás
cantar-Lhe? Canta «os seus louvores na assembleia dos crentes» (Sl 149,1 Vulg).
O louvor a cantar é o próprio cantor. Queres cantar louvores a Deus? Sê tu
próprio aquilo que cantas. Tu serás o seu louvor, se viveres bem.
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