sexta-feira, 3 de outubro de 2014

EVANGELHO DO DIA 3 DE OUTUBRO

Evangelho segundo S. Lucas 10,13-16.
Naquele tempo, disse Jesus: "Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sídon se tivessem operado os milagres que entre vós se realizaram, de há muito que teriam feito penitência, vestidas de saco e na cinza.Por isso, no dia do juízo, haverá mais tolerância para Tiro e Sídon do que para vós. E tu, Cafarnaúm, porventura serás exaltada até ao céu? É até ao inferno que serás precipitada. Quem vos ouve é a mim que ouve, e quem vos rejeita é a mim que rejeita; mas, quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Concílio Vaticano II 
Constituição dogmática sobre a Igreja no mundo actual «Gaudium et spes», §§ 40, 45 
«Quem vos ouve é a Mim que ouve, e quem vos rejeita é a Mim que rejeita»

A Igreja, que tem a sua origem no amor do eterno Pai, foi fundada no tempo por Cristo Redentor, e se reúne no Espírito Santo, tem um fim salvador e escatológico, que só se poderá atingir plenamente no outro mundo. Mas ela existe já atualmente na terra, composta de homens que são membros da cidade terrena e chamados a formar já na história humana a família dos filhos de Deus, a qual deve crescer continuamente até à vinda do Senhor. […] Deste modo, a Igreja, simultaneamente «agrupamento visível e comunidade espiritual» (LG 8), caminha juntamente com toda a humanidade, participa da mesma sorte terrena do mundo e é como que o fermento e a alma da sociedade humana, a qual deve ser renovada em Cristo e transformada em família de Deus. 
Esta compenetração da cidade terrena com a celeste só pela fé se pode perceber; mais, ela permanece o mistério da história humana, sempre perturbada pelo pecado, enquanto não chega a plena manifestação da glória dos filhos de Deus. Procurando o seu fim salvífico, a Igreja não se limita a comunicar ao homem a vida divina; espalha sobre todo o mundo os reflexos da sua luz, sobretudo enquanto cura e eleva a dignidade da pessoa humana, consolida a coesão da sociedade e dá um sentido mais profundo à quotidiana actividade dos homens. Assim, a Igreja pensa que, por meio de cada um dos seus membros e por toda a sua comunidade, muito pode contribuir para tornar mais humana a família dos homens e a sua história. […] 
Ao ajudar o mundo, e recebendo dele ao mesmo tempo muitas coisas, o único fim da Igreja é o advento do reino de Deus e o estabelecimento da salvação de todo o género humano. E todo o bem que o Povo de Deus pode prestar à família dos homens durante o tempo da sua peregrinação deriva do facto de a Igreja ser o «sacramento universal da salvação» (LG 48), manifestando e realizando simultaneamente o mistério do amor de Deus pelos homens.

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