terça-feira, 18 de março de 2014

EDUARDO II Reim, Mártir, Santo + 978

Eduardo, filho mais velho de Eadgar, o Pacífico, rei da Inglaterra, e de Etelfleda que o rei desposara em segundo matrimónio, foi baptizado por São Dunstano. Pouco depois do seu nascimento, a mãe morreu-lhe e Eadgar contraiu terceiras núpcias com Elfrida, de quem teve outro filho, que ficou a chamar-se Etelredo. Mostrando Eduardo favoráveis disposições, foi-lhe dada educação digna para herdeiro do trono. Tinha aproximadamente doze anos quando lhe morreu o pai. Houve divisões entre os príncipes ingleses por causa do sucessor no trono. Formou-se um partido fomentado por Etelredo; pretextou-se ter Eduardo um carácter violento, chegando mesmo a bater nos seus servidores. Mas Dunstan, ajudado por Osvaldo, sentiu-se feliz conseguindo fazer que prevalecessem os direitos de Eduardo; sagrou-o na presença de todos os senhores e tomou a responsabilidade em favor do seu pupilo. Este, por seu lado, sempre dócil aos conselhos de Dunstan, mostrou-se piedoso, afável, cheio de doçura e de bondade; e deu provas duma sabedoria adiantada e de grande pureza de costumes. Mas a felicidade do reino, dirigido por um príncipe tão completo, não foi de longa dura. Elfrida, descontente por não ter conseguido elevar o próprio filho ao trono, jurou deitar a perder Eduardo e depressa encontrou ocasião de realizar o seu desígnio. O jovem rei não ignorava as criminosas disposições de sua madrasta, mas dava a esta todas as mostras de respeito e afecto sincero. Amava também com ternura seu irmão Etelredo. Elfrida tinha-se retirado com o filho para o castelo de Wareham, no condado de Dorset. Andando um dia à caça na floresta vizinha, Eduardo quis visitar a madrasta; e esta desleal princesa achou favorável a ocasião para se desembaraçar do jovem rei. Veio portanto ao seu encontro, mandou-lhe apresentar um copo, para ele se refrescar quando ainda estava a cavalo. E, no momento em que Eduardo levava o cálice aos lábios, um criado inscrito na conspiração apunhalou-o. Logo que se viu ferido, Eduardo esporeou o cavalo para voltar para os seus; mas, como o sangue corria em abundância da ferida, caiu logo imediatamente morto. Isto aconteceu no dia 18 de Março de 978.

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