(Papa de c. 67 a c. 76).
Ele foi escolhido por São Pedro como seu sucessor como bispo de Roma, onde exerceu seu ministério por onze anos ou doze anos, dependendo das fontes. Sobre ele ambos não têm grandes informações. Santo Irineu, bispo de Lyon, deixou-nos um testemunho confiável sobre os primeiros doze bispos, incluindo Lino, identificado como a pessoa de quem São Paulo fala na segunda carta a Timóteo. De acordo com o Liber Pontificalis, ele teria sido de origem toscana, enquanto de acordo com as tradições posteriores, ele teria estudado em Volterra e teria sido enviado a Roma para seus estudos. Lá ele encontraria Pedro, por quem se converteria. Os atos apócrifos de São Pedro e Paulo e a disputa com Simão Mago são atribuídos a ele. Ele teria morrido como mártir sob Domiciano.
Etimologia: Lino = abreviação de Angiolino, Michelino, etc.; também um nome em si
Emblema: Palma
Martirológio Romano: Em Roma, comemoração de São Lino, papa, a quem, como escreve Santo Ireneu, os bem-aventurados Apóstolos confiaram o cuidado episcopal da Igreja fundada em Roma e que São Paulo Apóstolo recorda como seu companheiro.
Depois de São Pedro, há imediatamente ele: Lino, o segundo chefe da Igreja, o primeiro papa italiano. Toscano de origem, nascido em Volterra: assim dizem vários estudiosos e o grande Cesare Baronio, o historiador da Igreja do século XVI. Em 24 de setembro de 1964, na Basílica de São Pedro, Paulo VI se juntou a eles, dizendo na audiência geral: "Temos conosco um grupo de Volterra... A diocese irmã... Sim, este título pertence a ela, porque com São Lino ela deu à Igreja o sucessor imediato de Pedro, o segundo papa".
Sabemos pouco sobre Lino. Os anos de seu nascimento e morte, sua juventude e estudos são desconhecidos. Um dos Padres da Igreja, Irineu de Lião (século II), diz que Pedro e Paulo confiaram a Lino importantes responsabilidades, e que Paulo o citou na segunda carta a Timóteo: "Eubulo, Pudêncio, Lino, Cláudia e todos os irmãos te saúdam...".
Sabemos, no entanto, que Lino viveu tempos terríveis com os cristãos de Roma. No verão de 1964, um incêndio destruiu três quartos da cidade, e o imperador Nero foi culpado por isso. Talvez seja uma calúnia de seus muitos inimigos: mas ele reage com o desvio da perseguição geral contra os cristãos. E a eles vem o encorajamento de São Pedro na sua primeira carta: «Não tenhais estranho a prova de fogo que se levantou contra vós... em vez disso, regozije-se na parte que vier a tomar nos sofrimentos de Cristo.
São Pedro também morreu nesta perseguição (talvez em 67) e foi sucedido por Lino em tempos de crime e tragédia. Nero morreu em 68 (foi perfurado por um servo) e no mesmo ano houve um massacre de sucessores: Galba, massacrado no Fórum; Suicídio de Ottone; Vitélio linchado pelos romanos. Somente com Vespasiano, em 69, a ordem e a paz chegaram a Roma. Mas a revolta contra o domínio romano eclodiu na Palestina: a "guerra judaica", que terminou em setembro de 1970 com Jerusalém ocupada pelas tropas de Tito (filho de Vespasiano) e com o templo profanado e destruído: eventos dilacerantes para judeus e também para cristãos e, para alguns, sinais de calamidades universais iminentes, de um fim muito próximo do mundo.
Lino é chamado nestes anos de seu pontificado (nove, acredita-se) a reavivar os fiéis, a guiá-los na confusão doutrinal causada pelo trabalho de grupos sectários. É ele quem deve manter a Igreja unida sob o furacão: e começa a delinear a sua forma organizada, a sua «estrutura»: sabemos, por exemplo, que nomeou bispos e sacerdotes, e deu regras à prática comum da fé. (Ele é creditado com a obrigação de as mulheres participarem da celebração eucarística com a cabeça coberta). Ele também será venerado como mártir, por causa do sofrimento durante a perseguição de Nero; mas não é certo que ele tenha sido morto, porque na época de sua morte a Igreja vivia em paz sob o governo de Vespasiano.
Autor: Domenico Agasso
Fonte:
Família Cristã
Lino, filho de Herculano e natural da região da Toscana, na Itália, estudou em Volterra e, depois, se transferiu para Roma. Ali, conheceu São Pedro e se converteu ao cristianismo.
Não dispomos de muita informação sobre a vida de Lino, mas Santo Irineu de Lyon diz que São Paulo e São Pedro lhe confiaram a função de Bispo e o identificou com o personagem mencionado na Segunda Carta a Timóteo. Eusébio de Cesareia reitera tal identificação. É certo, porém, que tenha sido Bispo de Roma, depois do martírio dos dois apóstolos.
Todos os elencos dos Bispos de Roma, preservados também graças a Irineu de Lyon e Eusébio de Cesareia, citam seu nome depois daquele de Pedro.
Os primórdios da Igreja em anos turbulentos
Antes de tornar-se Bispo de Roma, Lino viveu sob a perseguição desencadeada pelo imperador Nero contra os cristãos. No início do seu Pontificado, o Império Romano passava por uma fase de turbulência, com a morte dos três sucessores imediatos de Nero: dois foram assassinados enquanto o outro se suicidou.
No ano 69 d.C., Vespasiano chegou trazendo ordem. Seu filho, Tito, acabou com a revolta judaica e destruiu o Templo de Jerusalém, no ano 70 d.C. Naquele período, Lino começou a organizar a Igreja: ordenou Bispos e sacerdotes e impôs algumas normas, entre as quais - segundo o Liber Pontificalis – a obrigação de as mulheres participarem da Eucaristia com véu na cabeça.
Aqueles também eram anos de contendas com a escola de Simão Mago e os Ebionitas, judeu-cristãos que praticavam a observância da Lei mosaica.
São Lino é venerado como mártir, mas não se sabe se foi, realmente, porque, na época, a Igreja passava por um período de paz.
Ainda segundo o Liber Pontificalis, São Lino foi sepultado na colina Vaticana, ao lado do apóstolo Pedro.

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