Evangelho segundo São Lucas 8,19-21.
Naquele tempo, vieram ter com Jesus sua Mãe e seus irmãos, mas não podiam chegar junto dele por causa da multidão.
Então disseram-Lhe: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-Te».
Mas Jesus respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».
Tradução litúrgica da Bíblia
(Edith Stein) (1891-1942)
Carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
«A mulher e o seu destino»
«Minha mãe e meus irmãos»
Apesar da unidade orgânica real da cabeça e do corpo, a Igreja mantém-se ao lado de Cristo como pessoa independente. Enquanto Filho do Pai eterno, Cristo vivia antes do começo dos tempos e antes de toda a existência humana. Em seguida, pelo ato da criação, a humanidade vivia antes de Cristo ter assumido a sua natureza e Se ter integrado nela. Mas, pela sua encarnação, Ele trouxe-lhe a sua própria vida divina; pela sua obra de redenção, tornou-a capaz de receber a graça, de tal modo que a recriou. A Igreja é a humanidade resgatada, novamente criada da própria substância de Cristo.
A célula primitiva desta humanidade resgatada é Maria; foi nela que se realizou pela primeira vez a purificação e a santificação por Cristo, foi Ela a primeira a ficar cheia do Espírito Santo. Antes de o Filho de Deus ter nascido da Santíssima Virgem, criou esta Virgem cheia de graça e nela e com Ela a Igreja.
Uma alma purificada pelo batismo eleva-se ao estado de graça e é, por isso mesmo, criada por Cristo e nascida para Cristo. Mas é criada dentro da Igreja e nasce pela Igreja. Assim sendo, a Igreja é a mãe de todos aqueles a que a redenção se dirige. E é-o pela sua união íntima com Cristo e porque se mantém a seu lado na qualidade de esposa de Cristo, para colaborar na sua obra de redenção.
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