quarta-feira, 23 de julho de 2025

EVANGELHO DO DIA 23 DE JULHO

Evangelho segundo São João 15,1-8. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele que dá fruto, para que dê ainda mais fruto. Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei. Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em Mim. Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer. Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará. Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem. Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido. A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então vos tornareis meus discípulos». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Columba Marmion 
(1858-1923) 
Abade 
Procurar a Deus 
«Para que vejam a minha glória» 
Deus não Se contenta em ser objeto do conhecimento e do amor naturais do homem; Ele chama-nos a partilhar a sua própria vida e a sua própria beatitude. Por um movimento de amor infinito por nós, Deus não quer ser para as nossas almas apenas o soberano senhor de todas as coisas, quer ser também um amigo e um pai: quer que O conheçamos como Ele Se conhece a Si mesmo, Ele que é a fonte de toda a verdade e de toda a beleza, neste mundo por entre a obscuridade da fé, na luz da glória quando estivermos no Céu; e quer que O possuamos, Bem infinito e fonte de toda a bem-aventurança, tanto neste mundo como no Céu, pelo amor. Para isso, como sabeis, eleva a nossa natureza acima de si mesma, adornando-a com a graça santificante, as virtudes infusas e os dons do Espírito. Deus quer ser Ele próprio, pela comunicação da sua vida infinita e eterna, a nossa beatitude perfeita; não quer que encontremos a nossa felicidade fora dele, que é a plenitude de todos os bens, por isso não concede a nenhuma criatura o poder de nos saciar o coração, mas quer ser Ele próprio a nossa recompensa infinitamente grande (cf. Gn 15,1). Nosso Senhor confirmou esta promessa quando Se preparava para a selar com o seu sangue: «Pai, quero que onde Eu estou, também estejam comigo os que Me deste, para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres amado antes da criação do mundo» (Jo 17,24.26). Este é o único e supremo objetivo a que devemos aspirar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário