Ele é uma figura importante para a fé cristã no sudoeste da França e no norte da Espanha. Já nos primeiros séculos depois de Jesus, as pessoas dessas áreas a veneravam. O centro de seu culto é a cidade francesa de Aire-sur-l'Adour, onde um antigo sarcófago com seus restos mortais foi encontrado. Dizem que Quitéria foi uma princesa espanhola que fugiu de casa para não ser forçada a se casar e renunciar à sua fé cristã. Ela se refugiou em Aire, mas seu pai a encontrou e a matou. Segundo a lenda, um cão pegou a cabeça de Quitéria e a tornou protetora contra a raiva canina. Santa Quitéria também é venerada em Portugal, mas com uma história diferente.
Martirológio Romano: No território de Aire-sur-le-Lys, na região da Aquitânia, na França, Santa Quitéria, virgem.
É fácil encontrar diversas igrejas dedicadas a Santa Quitéria ao passear entre o sudoeste da França e o norte da Espanha, áreas que nos primeiros séculos da era cristã formavam uma única entidade cultural. De fato, vários apóstolos da região, como São Saturnino de Toulouse, trabalharam em ambos os lados dos Pireneus. Além disso, não se deve esquecer que alguns séculos depois, grande parte do sul da Espanha caiu nas mãos dos árabes e isso constituiu um poderoso estímulo para fortalecer os laços cristãos através dos Pireneus.
O centro do culto prestado a Quitéria é seu antigo e valioso sarcófago, conservado desde tempos imemoriais na cidade francesa de Aire-Sur-Adour, na Gasconha, às margens do rio Adour, a meio caminho entre Auch e Bayonne, na costa atlântica, bem como na rota que atravessa os Pireneus de norte a sul.
Referências antigas ajudam a fortalecer as evidências de seu culto, do qual Gregório de Tours também fala. Ela é geralmente considerada virgem e mártir, mas sua vida é absolutamente lendária. Suposta princesa, originária da Galícia espanhola, ela fugiu de casa porque seu pai queria casá-la e fazê-la renunciar à fé cristã.
Quitéria recusou firmemente e buscou refúgio no Aire, mas os emissários de seu pai a alcançaram e a decapitaram impiedosamente. Diz a lenda que um cão agarrou então a cabeça do santo pelos cabelos, agora soltos do chão, e a representação deste curioso episódio espalhou entre as pessoas a crença de que o santo é uma poderosa defesa a ser invocada contra cães raivosos. Quitéria também é venerada em Portugal, onde, no entanto, lhe é atribuída uma lenda diferente. O Martyrologium Romanum coloca a comemoração na data tradicional de 22 de maio.
Autor: Fabio Arduino

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