a um péríodo de paz para a Igreja,
depois da conversão de Constantino I
Século 4
(Papa de 12/384 a 26/11/399)
Romano, é considerado o primeiro Papa a afirmar a primazia e autoridade do Pedro maior sobre toda a Igreja. Promoveu a reconstrução da Basílica de São Paulo.
Martirológio Romano: Em Roma, no cemitério de Priscila, na via Salaria nuova, São Sirício, Papa, a quem Santo Ambrósio elogia como um verdadeiro mestre, pois, carregando o fardo de todos aqueles que estão sobrecarregados de responsabilidade episcopal, os instruiu no ensinamentos dos Padres, que ele também confirmou com sua autoridade apostólica.
A figura de São Sirício, Papa, foi durante muito tempo ofuscada pelo julgamento negativo sobre ele que emerge das obras do grande São Jerônimo, ou seja, um personagem que em muitos aspectos foi excepcional, sobretudo pela sua cultura prodigiosa, mas propenso a julgamentos precipitados, inspirados por simpatia ou antipatia pessoal, como bem sabe quem leu as suas animadas Cartas.
Pode-se dizer que a falta de simpatia do grande estudioso pelo Papa Sirício pesou sobre este personagem durante quase quatorze séculos, pois somente em 1748 Santo Sirício foi acolhido no Martirológio Romano pelo Papa Bento XIV. Ele tinha conhecimento suficiente, como historiador e como canonista, para poder discordar dos preconceitos seculares de São Jerônimo!
Sirício foi o sucessor de São Dâmaso e ocupou o pontificado de 383 a 399. Dâmaso foi o grande protetor de São Girolamo, mas Sirício também tinha um campeão muito forte em quem se apoiar, e sua escolha foi extremamente sábia, porque ele caiu sobre Santo Ambrósio, Bispo de Milão.
Milão era agora a capital do Império Ocidental, e o bispo Ambrósio alcançou ali uma autoridade sem precedentes. Um Papa mais mesquinho e ciumento teria hesitado em reforçar o prestígio daquela figura diante da qual o Bispo de Roma arriscava ficar em segundo plano.
Em vez disso, o Romano Sirício, desejoso acima de tudo do bem da Igreja, confiou a Ambrósio grande parte da gestão dos assuntos eclesiásticos, tornando-o quase um parceiro no governo da Igreja. Por sua vez, Ambrósio não aproveitou esta posição e manteve sempre uma atitude deferente para com o Bispo de Roma.
São Siricio, por sua vez, foi o Pontífice da moderação e do equilíbrio. Sentia-se verdadeiramente pai – ou melhor, servo – de todos os fiéis e evitava os particularismos que muitas vezes dividiam as diversas Igrejas. “Nós – disse com uma bela expressão – carregamos o peso de todos aqueles que estão sobrecarregados; ou melhor, é o bem-aventurado Apóstolo Pedro quem o carrega dentro de nós”.
O impetuoso São Jerónimo, que se lançava como uma catapulta contra adversários reais ou supostos, não conseguia conviver com aquele Papa inimigo do extremismo e da intemperança. Na verdade, ele deixou Roma para se retirar, asceta macerado e estudioso insone, para uma caverna perto de Belém, onde felizmente teve como companheiro um leão rosnante, um animal simbólico!
No entanto, mesmo Girolamo, na sua luta como polemista incansável, encontrava-se ao lado, de vez em quando, do próprio Papa Sirício, moderado e moderador, mas não por isso lento na defesa da verdade e da justiça.
Este Papa, nem ambicioso nem invejoso, que sentiu verdadeiramente, nos seus velhos ombros, o peso da comunidade universal dos crentes, a pesada herança de Pedro, daquele que desamarra, mas amarra; quem abre, mas é um prisioneiro.
Fonte:
Arquivo Paroquial
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