quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Santo Homobono de Cremona

No ano de 1140, nasceu em Cremona, na Itália, Homobono que significa “homem bom”, filho de um modesto alfaiate e comerciante de tecidos. Seus pais deram-lhe uma educação esmerada e ensinaram-lhe princípios rígidos de honestidade e moralidade. Quando chegou a idade de 18 anos, Homobono foi ajudar seus pais no pequeno comércio e iluminado pela graça divina, procurou sempre meditar o versículo do livro do Eclesiástico que diz: “Duas coisas me parecem difíceis e perigosas – dificilmente evitara erros o que negocia.” (Ecl 2,2 8) Antes do expediente, logo pela manhã fazia suas orações matinais; participava da Santa Missa e aí sim abria o comércio com grande alegria. Homobono sempre repetia que: “Sem a benção de Deus nada se faz”, para ele era essa a maior expressão de verdade. Durante todo o dia zelava para que os tecidos fossem cortados com muito cuidado, evitando assim desperdícios ou prejuízo a quem comprava. Suas balanças eram cuidadosamente controladas para que correspondessem ao verdadeiro peso nem a mais, nem a menos; sempre o que era justo. Corretíssimo era em seus compromissos, suas contas eram pagas até com certa antecedência, não admitia que por sua culpa, alguém fosse prejudicado. Era sempre atencioso e gentil com todos e para com todos tinha um sorriso afetuoso, uma palavra de conforto ou um gesto de carinho. Os domingos e dias-santo eram guardados com o devido respeito, participava da Santa Missa, e por algum tempo permanecia junto ao sacrário em adoração. Para os pais era sempre bom filho e mesmo sendo maior mostrava-se obediente e respeitoso. E foi em obediência que aceitou a esposa que lhe indicaram. Logo após seu casamento, experimenta a dor da perda de seu pai. Homobono é obrigado a assumir o comando dos negócios da família. Os pobres, os desvalidos, os esquecidos e marginalizados encontravam em Homobono o amparo necessário, de todos se fez amigo e deles recebeu o título de “Pai dos Pobres”. Era tudo para todos, levava alegria aos tristes, consolo aos desanimados, amparo aos necessitados, e esperança aos esquecidos e marginalizados. Sua esposa, não tendo um coração generoso e amável, repreendia Homobono, chamando-o de exagerado. Nutria, ela certo receio de que a liberalidade de Homobono pudesse causar a ruína da família. Nosso Santo Homobono sofria com os insultos e ofensas de sua esposa, porém em nada mudou com relação às obras de caridade. Toda a Itália sofreu com o caos econômico, o dinheiro perdera seu valor, todos sentiram os terríveis efeitos da crise, os pobres ainda mais, e era na porta da casa de Homobono que uma multidão se aglomerava em busca do pão. Num determinado dia, Homobono distribuiu todos os pães, e tudo o que tinha na dispensa. Sem reservar nada para os seus. A noite sua esposa dirigiu-se a dispensa para se certificar do estrago que o marido fizera e pensando encontrar as prateleiras vazias, assiste estupefata o milagre da multiplicação. Tudo que possuíam antes continuava lá, e ainda em maior quantidade. Tocada pela graça, ela implora o perdão do marido e de Deus, desde aquela data não só aceitou a generosidade de Homobono, como também o incentivava a fazer mais caridade. Homobono, era bem conhecido, respeitado e amado por todos em sua cidade e região, sua vida foi marcada por fatos extraordinários, porém santificou-se nos pequenos gestos do dia-a-dia e na simplicidade do cotidiano. No dia 13 de novembro de 1197, estando Homobono com sua esposa assistindo participando da Santa Missa é acometido de um mal súbito, e ali une-se aquele que era a razão de sua existência. Ecoaram os gritos e soluços pelas ruas e praças de Cremona “Morreu o Pai dos Pobres”. Milhares de pessoas vieram ao seu funeral para manifestar gratidão e reconhecimento. Seu sepultamento foi grandioso e todo o povo, em lágrimas, despedia-se do Santo “Homem Bom”! Homobono de ti aprendemos que a esmola dada ao pobre não consome a fortuna. Em Provérbio 28,27 lemos que “Quem dá aos pobres não sofrerá necessidade. Quem pratica misericórdia, será abençoado”.

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