sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Santa Lumbrosa de Cea, virgem e mártir – 1º de novembro

Santa Lumbrosa de Cea em León, na província autônoma de Castela, segundo a tradição, foi martirizada pelos muçulmanos no ano de 830, quando Almanzur destruiu o mosteiro de São Facundo. Nós não sabemos nada sobre Santa Lumbrosa. Apenas a sua tumba de mármore é preservada na capela de São Mâncio, na igreja do mosteiro de São Facundo, localizado na cidade de Sahagún. No decorrer dos séculos, a veneração por essa mártir estava muito viva, de modo que o povo fez um furo em seu sarcófago para roubar as relíquias, e no século XVII só restava a cabeça da mártir. Sua festa era celebrada em 1º de novembro e só era lembrada no Martirológio Hispanicum de Tamayo de Salazar. http://www.santiebeati.it/dettaglio/97757 Ruinas do Mosteiro Mosteiro Real de São Bento (Sahagún) Antigo mosteiro beneditino em Sahagún (província de León, Espanha) foi muito importante durante a Idade Média, chegando suas possessões desde Tierra de Campos até Liébana e Segóvia. Foi o principal foco da reforma dos mosteiros beneditinos quando se introduziu pela primeira vez a regra de Cluny no ano de 1080 na península ibérica. A história do mosteiro começa com Afonso III o Magno, quando ele adquire uma igreja existente no lugar onde se venerava as relíquias dos santos mártires Facundo e Primitivo, para doa-la ao abade Alonso que fugia das perseguições aos cristãos decretadas em Córdoba. O primeiro documento escrito sobre o mosteiro data da época, quando no ano de 904 Afonso III doa a vila de Calzada ao abade Afonso. No ano 988 Almanzur destruiu a abadia durante uma incursão. A época de maior esplendor do mosteiro está associada com a figura de Afonso VI, ao eleger este lugar para tomar o habito e professar nele antes de tornar-se rei. Seu casamento com Constança de Borgonha propiciou a entrada dos monges de Cluny na abadia, pois devido sua ascendência francesa estava interessada em implantar a liturgia romana que se praticava na França. Em 1080 Afonso VI nomeou abade o francês D. Bernardo de Aquitânia, e em 1085 concedeu a Sahagún foros que propiciaram o crescimento da vila, sob o poder da abadia. Afonso VI faleceu em 1109 e foi enterrado no mosteiro, como também suas esposas. Este costume de utilizar o mosteiro como panteão funerário foi seguido por outros nobres. A decadência do mosteiro começou no século XV coincidindo com a fundação do mosteiro de São Bento de Valladolid e a reforma implantada no mesmo. O desaparecimento do mosteiro foi fruto também da continua luta com a cidade de Sahagún pelo poder sobre a população, que provocou que o mesmo fosse incendiado várias vezes. Em 1755 o Terremoto de Lisboa afetou a estrutura do cruzeiro da basílica, foi preciso realizar uma série de reformas profundas para evitar a ruina do mosteiro. No ano 1820 o decreto de supressão das ordens monacais realizadas durante o Triênio Liberal provocou a exclaustração do mosteiro. Em 1837, com a desamortização de Mendizabal os edifícios que conformavam o mosteiro passaram a ser propriedade pública.

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