terça-feira, 5 de novembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Crescendo na Verdade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Uma Igreja que aprende
 
O sábio não é aquele que muito sabe, mas aquele que sabe aprender sempre. O mesmo aplicamos à Igreja “que discípula e missionária, tem necessidade de crescer na interpretação da Palavra revelada e na compreensão da verdade”, escreveu o Papa Francisco na Evangelii Gaudium 40. A Igreja é como uma árvore, dizia Pe. Vitor Coelho. O tronco cresce se tiver os galhos novos. Ela não é de bronze, pois esse enferruja. Aprendemos dos pensadores que amam a verdade e ajudam “a amadurecer o juízo da Igreja” (DV 12). Os teólogos têm o ministério de ajudar a refletir. As ciências ajudam no cumprimento da missão do Magistério, disse S. João Paulo II. “As diversas linhas de pensamento, se se deixam harmonizar pelo Espírito no respeito e no amor, podem fazer crescer a Igreja enquanto ajudam a explicitar melhor o tesouro riquíssimo da Palavra” (EG 40). É a capacidade de abertura. As mudanças culturais não mudam a fé, mas mudam o modo de compreender melhor a fé aprofundando seu conhecimento. João XXIII, nosso querido santo, diz ao abrir o Concílio Vaticano II (11.10.1962): “Uma coisa é a substância... outra é a formulação que a reveste”. A linguagem deve sempre expressar com exatidão a fé. A linguagem mal usada pode negar ou prejudicar a verdade. A fé é a mesma, mas crescemos na sua compreensão, guiados pelo Espírito. Papa Francisco em sua humildade mostra que a sabedoria é estar aberto para aprender. Assim pode ensinar. 
Crescendo na fé. 
Não se pode confundir fé com determinada cultura. As culturas não podem dominar a fé de modo que ela não produza o bem. A preocupação é transmitir a substância da fé, não somente um tipo de linguagem. É preciso ser fiel à substância do Evangelho. João Paulo II ensinou “A expressão da verdade pode ser multiforme. E a renovação das formas de expressão torna-se necessária para transmitir ao homem de hoje a mensagem evangélica em seu significado imutável” (Ut Unum sint, 19). O crescimento na fé estimula sempre a uma melhor explicação. O que nos leva a crescer na fé “é compreender seu aspecto de cruz e certa obscuridade que não tira firmeza a sua adesão”. Este aspecto de exigência é contrário ao pensamento da sociedade atual que prioriza outros valores que são estranhos ao Evangelho. Essa opção pelo seguimento de Jesus tomando a cruz (não da dor) é causa de crescimento na fé e no amor. A adesão não é somente a um corpo de doutrina, mas é uma atitude de vida. Há modos de compreender a vida cristã que foram bons em um tempo, mas evoluíram. O que era bom ontem pode não ser hoje. Podemos citar, por exemplo, as penitências físicas prejudiciais à saúde. S. Tomás diz que os preceitos dados por Cristo são pouquíssimos. Há coisa que foram criadas em um tempo e podem ou devem mudar. 
Direito de crescer 
Nosso povo tem uma carência muito grande de formação religiosa. Graças a Deus a catequese e outros meios ajudam. Ninguém cresce aos saltos. É lento. Temos muitos meios de formação que ajudam nesse crescimento. Falta interesse em se formar e pouco interesse de fazer das comunidades escolas permanentes de formação. As celebrações litúrgicas dos sacramentos, as homilias, os grupos de reflexão e de oração são momentos importantes. Os bispos dos primeiros tempos eram os grandes catequistas das comunidades. O mesmo devíamos dizer dos padres atuais. Precisamos nos formar e ter meios para formar o povo. Com a formação fortalecemos a fé. A fé esclarecida é um instrumento de renovação da sociedade e fortalecimento dos fiéis que são os formadores de opinião.
ARTIGO PUBLICADO EM NOVEMBRO DE 2014

EVANGELHO DO DIA 5 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 14,15-24. 
Naquele tempo, disse a Jesus um dos que estavam com Ele à mesa: «Feliz de quem tomar parte no banquete do Reino de Deus». Respondeu-lhe Jesus: «Certo homem preparou um grande banquete e convidou muita gente. À hora do festim, enviou um servo para dizer aos convidados: "Vinde, que está tudo pronto". Mas todos eles se foram desculpando. O primeiro disse: "Comprei um campo e preciso de ir vê-lo. Peço-te que me dispenses". Outro disse: "Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las. Peço-te que me dispenses". E outro disse: "Casei-me e por isso não posso ir". Ao voltar, o servo contou tudo isso ao seu senhor. Então, o dono da casa indignou-se e disse ao servo: "Vai depressa pelas praças e ruas da cidade e traz para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos". No fim, o servo disse: "Senhor, as tuas ordens foram cumpridas, mas ainda há lugar". O dono da casa disse então ao servo: "Vai pelos caminhos e azinhagas e obriga toda a gente a entrar, para que a minha casa fique cheia. Porque eu vos digo que nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete"». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Didaké (60-120) 
Catequese judaico-cristã §§ 9,10,14 
Reunidos dos quatro ventos 
para o banquete de Deus 
A propósito de Eucaristia, dai graças assim: Primeiro pelo cálice: Nós Te damos graças, Pai, pela santa vinha de David, teu servo, que nos revelaste por Jesus, teu Filho. Glória a Ti pelos séculos! Depois, pelo pão partido: Nós Te damos graças, Pai, pela vida e pelo conhecimento que nos revelaste por Jesus, teu Filho. Glória a Ti pelos séculos! Tal como este pão que partimos, trigo outrora disseminado sobre as colinas, foi colhido para ser um só, assim a tua Igreja seja reunida de uma ponta à outra da Terra para o teu Reino! Porque a Ti pertencem a glória e o poder pelos séculos! Depois de estardes saciados, dai graças assim: Nós Te damos graças, Pai santo, pelo teu santo nome, que fizeste habitar no nosso coração, pelo conhecimento, pela fé e pela imortalidade que nos revelaste por Jesus, teu Filho. Glória a Ti pelos séculos! Foste Tu, Senhor todo-poderoso, que criaste o Universo, para glória do teu nome; Tu deste em abundância alimento e bebida aos filhos dos homens; mas a nós deste-nos a graça de um alimento espiritual e de uma bebida para a vida eterna por Jesus, teu Filho. Acima de tudo, damos-Te graças porque és poderoso. Glória a ti pelos séculos! Lembra-Te, Senhor, da tua Igreja, livra-a do mal e torna-a perfeita no teu amor. Reúne-a dos quatro ventos, a essa Igreja santificada, no reino que para ela preparaste. Porque a Ti pertencem o poder e a glória pelos séculos! «Que venha o Senhor» (Ap 22,20) e que este mundo passe! Hosana à casa de David! Aquele que é santo, que se aproxime, aquele que o não é, que faça penitência. «Maranatha!» (1Cor 16,22). Ámen.

Santos Galação e Episteme Cônjuges e Mártires Feriado: 5 de novembro

† Emesa, século III 
Os santos esposos Galation e Episteme sofreram o martírio perto de Emesa no século III para testemunhar a sua fé cristã. Os santos esposos Galação e Episteme viveram no século III sob o reinado do imperador Décio e do governador Segundo na cidade de Emesa. Os pais de Galation, Cleitophone e Leucippa, eram pagãos ricos da cidade, entristecidos pela sua esterilidade, apesar das incessantes orações dirigidas aos ídolos. Um monge chamado Onofrio, passando pela cidade para recolher esmolas para distribuir aos pobres e anunciar o Evangelho. Um dia, com esse propósito bateu também à porta de Leucipa e, vendo a aflição no seu rosto, perguntou-lhe o motivo de tanta tristeza. Ao saber da esterilidade da mulher, Onofrio respondeu que estava simplesmente diante de uma providencial intervenção divina, destinada a evitar que seu eventual progenitor fosse confiado aos demônios. A mulher comprometeu-se então, com a ajuda do monge, a aproximar-se dos mistérios da fé cristã e finalmente recebeu o batismo. Pouco tempo depois, seu marido também abraçou o cristianismo e logo nasceu seu primeiro filho, que recebeu o nome de Galation. Quando o menino tinha vinte anos, seu pai, agora viúvo, decidiu casá-lo com uma jovem pagã chamada Episteme. Galazione aceitou por obediência ao pai mas, temendo trair o batismo que havia recebido, recusou qualquer relacionamento com a menina.

Beato Mariano de la Mata religioso, +1983

31 de dezembro de 1905. No aconchego de uma família eminentemente cristã, nasceu em Barrio de la Puebla, Palência (Espanha) Mariano. Seus pais, Manuel e Martina, foram formando a consciência e educando Mariano e os outros sete irmãos (três varões e quatro mulheres), semeando com a palavra e o testemunho de uma vida verdadeiramente cristã, a semente da fé e do amor, que seriam depois a essência da vida daquele menino. Nesse ambiente familiar e cristão não foi difícil surgir a vocação para a vida sacerdotal e religiosa agostiniana; vocação ainda reforçada pelo incentivo dos outros três irmãos varões, que também tinham abraçado a Ordem Agostiniana. Mariano fez os primeiros estudos de latim na pequena cidade vizinha de Barriosuso de Valdavia. Em 29 de agosto de 1921, ingressou no seminário agostiniano de Valladolid, Espanha, completando, assim, o marco agostiniano mais precioso daquela família abençoada. De ânimo sereno e honesto nas suas atitudes, vive o seu primeiro período de formação em Valladolid, preparando-se para compromissos posteriores. No dia 10 de julho de 1922 realiza a sua primeira profissão (dos votos religiosos de pobreza, obediência e castidade). No dia 2 de janeiro de 1926, por meio da profissão solene, entrega-se definitivamente à Ordem Agostiniana.

05 de novembro - Beato Gregório Lakota

Gregório Lakota nasceu em 31 de janeiro de 1883 em Holodivka, Distrito de Lviv, Ucrânia. Estudou teologia em Lviv e foi ordenado sacerdote no rito greco-católico em Przemysl, no ano de 1908. Doutorado em teologia pela Universidade de Viena em 1911, logo se tornou professor e reitor do seminário de Przemysl. Foi nomeado Bispo Auxiliar de Przemysl em 16 de maio de 1926. Em 9 de junho de 1946, ele foi preso e encarcerado e nesse mesmo mês as autoridades o deportaram para a Sibéria. Dom Gregório foi condenado a uma pena de dez anos de prisão no campo de concentração de Abez, No campo de concentração da cidade de Abez, na Sibéria russa, vendo depreciada pelos perseguidores a fé da sua pátria, soube suportar (e superar) os tormentos corporais, morrendo intrepidamente por amor a Cristo em 05 de novembro de 1950. Gregório Lakota foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 27 de junho de 2001, juntamente com outras 24 vítimas do regime soviético de nacionalidade ucraniana, na sua homilia ele destacou: Os servos de Deus, hoje inscritos no Álbum dos Beatos, representam todas as componentes da Comunidade eclesial: entre eles, encontram-se Bispos e sacerdotes, monges, monjas e leigos.

05 de novembro - 38 Beatos Mártires Albaneses

Durante os 40 anos de ditadura comunista na Albânia, orar, fazer o sinal da cruz, usar crucifixo no pescoço ou mesmo ter fé era punível por lei. Em 1967, o país balcânico se autoproclamou oficialmente ateu, pela primeira vez em todo o mundo. Igrejas, mesquitas e outros lugares de culto religioso foram usados como shoppings, salões de esporte ou teatros; como foi o caso da Catedral de Shkodër, onde 38 mártires foram beatificados no dia 5 de novembro de 2016, usada na época como uma arena municipal de esporte. Esse é um lugar muito especial para os católicos, porque foi onde a primeira missa, após a queda da ditatura, foi celebrada.
Trinta e oito histórias de ódio e terror
Quem encabeça a lista dos gloriosos mártires albaneses é Dom Nikolle Vinçenc Prennushi, arcebispo de Dürres, franciscano e Primaz da Albânia, sucedendo a D. Gasper Thacia, também mártir do comunismo. Dom Vinçenc era um escritor de talento, sobretudo do folclore e de músicas tradicionais do país, escrevia poesias, e traduziu para sua língua os melhores poemas de outros autores europeus. Mas, sobretudo, era um verdadeiro pastor. Pelo que é chamado por alguns o Thomas Becket da Albânia.

Beato Bernard Lichtenberg

Bernard Lichtenberg nasceu em 3 de dezembro de 1875 na Silésia região alemã que hoje pertence à Polônia. Sua família vivia no verdadeiro espírito cristão, e ele desde sua infância participava da Santa Missa todos os dias com sua mãe. Desde pequeno sentiu o chamado de Deus ao sacerdócio e aos 24 anos recebeu o Sacramento da Ordem e em 1900 foi transferido para Berlim como auxiliar em várias igrejas da diocese. De 1913 a 1931 foi Pároco da Paróquia Sagrado Coração de Charlottenburg, onde destacou-se como pastor com sincera piedade, uma vida simples, pobreza extrema e caridade infinita para com os pobres e abandonados. Berlim era uma cidade onde os católicos eram minoria, sendo muitas vezes ridicularizados e perseguidos. Ele sempre defendeu os direitos da Igreja com destemor. Com um caráter forte e destemido foi desaprovado pelos nazistas desde o início. Em 1935 foi encarregado de supervisionar a Diocese de Berlim e tomando conhecimento da situação desumana dos campos de concentração, pediu uma reunião com o Primeiro Ministro Alemão e como não conseguiu, deixou uma carta reclamando contra os abusos praticados. Isso despertou a ira e em seguida a vingança da Gestapo – Polícia Alemã.

Santos Donino, Teótimo e Companheiros, mártires

Todos naturais de Cesareia, na Palestina, defenderam a sua fé com suas vidas. Donino era um jovem médico, que acabou queimado durante a perseguição de Diocleciano. O destino de Teótimo, Filóteo e seus Companheiros concluiu-se com os jogos de circo, onde foram dados como alimento às feras.
Século IV 
Donnino, mártir em Cesaréia da Palestina sob o imperador Maximiano (segundo outros Diocleciano, ed.) (século IV) junto com Teótimo, Filoteu e Silvano. Ele é nomeado por Eusébio de Cesaréia como um dos mártires mais famosos da região. Segundo esta fonte, Donnino era um jovem cristão com grande conhecimento, provavelmente médico. 
Martirológio Romano: Em Cesaréia da Palestina, São Donnino, mártir, que, quando jovem médico, no início da perseguição ao imperador Diocleciano, condenado às minas, foi relegado a Mismiya, onde sofreu sofrimentos atrozes, e, em quinto ano de perseguição, foi queimado na fogueira por ordem do prefeito Urbano por ter preservado firmemente a sua fé.
Santos Teótimo, Filoteu, Timóteo e Auxêncio Mártires
Jovens sírios que, como cristãos, eram entregues às feiras em jogos circenses, em Cesaréia, na Palestina. 
Martirológio Romano: No mesmo local, comemoração dos santos Teótimo, Filóteu e Timóteo, mártires, que, quando jovens, eram destinados a jogos circenses para diversão do povo, e de Santo Auxêncio, idoso, dado de alimento aos animais selvagens.

Beata Maria do Carmo Viel Ferrando, Virgem e mártir de 1936

Maria do Carmo Viel Ferrando nasceu no dia 27 de novembro de 1893 em Sueca (Valencia), foi batizada em 29 de novembro de 1893 e recebeu a 1ª Comunhão em 24 de abril de 1904 na igreja paroquial de São Pedro Apostolo. Sendo costureira, se dedicou ao apostolado social, fundando uma cooperativa e ajudando na fundação dos Interesses Sociais (associação laica inserida na pastoral social). Estudou sociologia para ajudar a juventude operaria. Em 1931, trouxe para sua região as Irmãs Salesianas para cuidar da formação da juventude. Era muito devota da Eucaristia e rezava o Rosário todos os dias. Membro da Ação Católica, durante a perseguição religiosa continuou o seu apostolado e ajudou diversos sacerdotes e religiosos perseguidos. Em 5 de novembro de 1936 sofreu o martírio em El Saler (Valência). A sua beatificação foi celebrada por João Paulo II em 11 de março de 2001. A Beata é celebrada no dia 5 de novembro. Martirológio Romano: Na localidade de El Saler próximo a Valência, sempre na Espanha, Beata Maria do Carmo Viel Ferrando, virgem e mártir, que durante a perseguição chegou a bom termo na gloriosa prova por Cristo. 

Beata Beatriz da Suábia, Rainha - 5 de novembro

Beatriz, quarta filha de Felipe de Suabia e de Irene Angelo, bem como neta do imperador Frederico Barbaroxa, casou-se em 30 de novembro de 1219 com o rei de Castela e Leão, São Fernando III. Assim, ela foi mãe do futuro soberano Alfonso X e de nove filhos: Fradique, Fernando, Henrique, Felipe, Sancho, Manuel, Leonor, Berengária e Maria. Ela fazia parte da Ordem de Santa Maria das Mercês; preferindo a glória celeste aos bens terrenos, foi recompensada por Deus com uma coroa especial: a aureola de santidade. Os seus restos repousam na Catedral de Sevilha junto ao marido. Ela recebeu o título de "Beata" e, como tal, é comemorado no dia 5 de novembro. É bem notável que nos dois mil anos de Cristianismo os santos que sempre gozaram de maior popularidade têm sido predominantemente os religiosos de todas as ordens e graus, e os mártires dos primeiros séculos. Em segundo plano, estão todas as figuras exemplares de esposos que na vida conjugal tentaram atuar na chamada Igreja doméstica, a Esposa de Cristo Nosso Senhor.  Muitos dos casais que receberam culto público são soberanos das nações europeias, mas, infelizmente, muitas vezes e de bom grado é dada maior popularidade para o marido, como nos casos de Carlo Magno e Ildegarda, Estêvão e Gisela da Hungria, Etelberto e Berta de Kent.   O caso de uma santa esposa um pouco negligenciada é o da Rainha Beatriz da Suabia. Na verdade, poucas são as informações da curta vida terrena desta nobre mulher.

Santa Trofimena Virgem e mártir - Festa: 5 de novembro

Santa Trofimena, santa de origem siciliana, de Patti (ME) homóloga de Santa Febrônia, que é venerada em Minori (SA) na Costa Amalfitana. A hagiografia é bastante complicada, diz a lenda que ela foi martirizada ainda jovem, por volta dos 12/13 anos, pelas mãos do mesmo pai, pois estava ansiosa para ser batizada e abraçar a fé cristã, diz-se de visão de um anjo que anunciava sua consagração a Cristo e o martírio iminente, e contrária ao casamento com o escolhido indicado pela família. O corpo foi entregue à guarda de uma urna e atirado ao mar, as correntes empurraram-no para a costa de Salerno e precisamente para Minori. A urna encontrada pela população de Minori foi transportada por uma parelha de novilhas, mas quando chegaram ao ponto onde hoje se encontra a igreja a ela dedicada, os animais não quiseram de forma alguma continuar, por isso os Minoritas interpretaram isso como o sinal divino de a escolha do local onde erguer a referida igreja. Mecenato: Menores (SA) A principal fonte da lenda hagiográfica de Santa Trofimena é representada pelo texto intitulado Historia Inventionis ac Traslazioni et Miracula Sanctae Trofimenis, escrito em escrita Benevento e preservado num códice que data das primeiras décadas do século X.

Santa Comasia Virgem e mártir - Festa: 5 de novembro

Patrona:
Martina Franca (TA), Pioggia 
Emblema: Palma 
Seu corpo foi transferido das catacumbas de Santa Agnese na Via Nomentana em 1645 para Martina Franca (TA), para a Basílica de San Martino. Quando o comboio sagrado chegou a Martina Franca, o céu claro ficou coberto de nuvens e caiu uma forte chuva que impediu o Capítulo da Colegiada de San Martino de receber o osso sagrado e obrigou a procissão a refugiar-se em a capela extra moenia, agora em ruínas, de San Nicola del Pendino. Num momento de pausa sob a chuva, o Capítulo foi recolher as relíquias para levá-las à igreja matriz, mas novamente uma chuva violenta os surpreendeu assim que entraram nas muralhas, obrigando-os a refugiar-se na capela de San Vito dei Greci, a 100 metros do anterior. Como as chuvas celestiais não pararam, depois de alguns dias o Capítulo, com toda a chuva caindo do céu, partiu finalmente numa tão almejada procissão, levando os ossos de São Vito para levá-los a San Martino. Um milagre semelhante ocorreu em 1714, quando a estátua relicário de prata chegou à cidade vinda de Nápoles.

Zacarias e Isabel Pais de S. João Baptista, Santos Século I

Embora os nomes desses santos não estejam presentes no calendário litúrgico da Igreja, há muitos séculos a tradição cristã consagrou este dia à veneração da memória de são Zacarias e santa Isabel, pais de são João Baptista. Encontramos a sua história narrada no magnífico evangelho de são Lucas, onde ele descreveu que havia, no tempo de Herodes, rei da Judeia, um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias; a sua mulher pertencia à descendência de Aarão e se chamava Isabel. Eles viviam na aldeia de Ain-Karim e tinham parentesco com a Sagrada Família de Nazaré. Foram escolhidos por Deus por sua fé inabalável, pureza de coração e o grande amor que dedica-vam ao próximo. Isabel, apesar de sua santidade, era estéril: uma vergonha para uma mulher he-bréia, que era prestigiada somente através da maternidade. Mas foi por sua esterilidade que ela se tornou uma grande personagem feminina na historia religiosa do Povo de Deus. Juntos, foram os protagonistas dos momentos que antecederam o mais incrível advento da historia da humani-dade: a encarnação de Deus entre os seres huma-nos.

Bertila de Chelles Abadessa, Santa 630-705

Abadessa no convento de Chelles, 
perto de Meaux, em França.
Século VII. Na França, a pequena Bertila, nascida em 630, de pais nobres e piedosos, não sentia satisfação com a vida fútil só de folguedos e festas. Com o passar dos anos, aumentou essa insatisfação e a certeza de que não encontraria a felicidade nos prazeres que o mundo oferecia, nas aldeias e nos palácios. Dizia sempre que sua vida estava destinada à caridade e à humildade a serviço de Deus. E assim aconteceu. No início da adolescência, a seu pedido e com aprovação dos pais, ingressou no Mosteiro beneditino de Jouarre, próximo de Paris. A superiora era a própria santa Teodequildes, que logo percebeu a extrema vocação de Bertila. De fato, mesmo com pouca idade, ela assumiu com dedicação vários cargos de responsabilidade. Acabou sendo indicada para dirigir o novo Mosteiro de Chelles, fundado pela rainha Batildes, esposa do rei Clóvis II, e construído também nos arredores de Paris. Bertila foi para lá no ano 659, como abadessa. O fervor que transmitia na piedade e caridade contagiou todas as religiosas. A fama de celeiro de santidades do mosteiro ganhou as cortes de toda Europa. E os pedidos para ingressar no Mosteiro de Chelles começaram a chegar de todos os lugares. Eram dezenas e mais dezenas de mulheres que queriam seguir o exemplo de humildade da abadessa Bertila, abandonando a nobreza para dedicar a vida à penitencia, oração e caridade, aos pobres e doentes abandonados. Assim, no Mosteiro de Chelles ingressaram várias princesas e rainhas.

Guido Maria Conforti Bispo, Beato 1865-1931

Bispo de Parma, Itália. 
Fundou a Pia Sociedade 
de São Francisco Xavier.
Guido Maria Conforti nasceu no dia 30 de março de 1865, em Ravadese, província de Parma, norte da Itália. Filho de pais piedosos, foi educado no amor a Deus e ao próximo. Concluiu o estudo elementar com irmãos das escolas cristãs. Nessa oportunidade, seu pai compreendeu que o sonho de ver o filho dirigindo os negócios agrícolas da família jamais seria realizado. Guido tinha vocação para a vida religiosa. Assim, ingressou no seminário, estimulado pelos pais. Lá, após ler a biografia de são Francisco Xavier, foi a vez de Guido abraçar um sonho: ir para a China, continuar a missão do santo. Aos dezassete anos de idade, enfrentou dificuldades de saúde, o mal da epilepsia, que quase o impediu de continuar. Rezou para Nossa Senhora com muita fé e obteve a graça para superar a doença. Em 1888, recebeu a ordenação sacerdotal. Mas foi designado para professor do seminário e depois nomeado vice-reitor. O que fez o sonho das missões no Oriente permanecer adormecido no seu coração. Aos vinte e oito anos, quando Guido Conforti já era cónego da catedral de Parma, decidiu que era hora de executar seu sonho. Dois anos depois, em 1895, devido à falta de recursos, fundou a Congregação dos Missionários Xaverianos para a Evangelização dos não-cristãos, hoje chamado apenas de Instituto Xaveriano.

ORAÇÕES - 5 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
5 – Terça-feiraSantos:Isabel e Zacarias, Galácio
Evangelho (Lc 14,15-24) Um homem que estava à mesa disse a Jesus: – Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!”
Ele percebeu a felicidade de quem se deixa envolver pela misericórdia e pelo poder de Deus, que nos quer dar todo o bem. Jesus apanha no ar sua palavra, e conta uma parábola, que reforça o pensamento do amigo. Um homem preparou um grande banquete e convidou muita gente. Mas, nem todos aceitaram o convite. Não posso rejeitar o convite de Deus; é minha oportunidade de salvação.
Oração
Senhor Jesus, quero agradecer o convite que me fazeis para aceitar a oferta do Paieacolher a vida nova que me oferece. Com vossa ajuda quero deixar tudo que for preciso deixar para ser libertado do mal. O que me ofereceis não é peso, mas felicidade e paz, como o convite para uma festa. Alegro-me por me terdes chamadosem eu o merecer. Quero estar entre os vossos convidados. Amém.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Nosso Pai e Redentor”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Vinde trazer-nos a Salvação
 
Iniciamos o tempo do Advento. A palavra Advento significa vinda, chegada. Deus vem ao nosso encontro para oferecer a salvação, isto é, a vida plena. A liturgia continua a temática da vigilância. Não se trata de ficar preocupado, mas ocupado com toda boa obra. Nosso presente está em tensão permanente para a conclusão de nosso tempo. O fato de não sabermos a data do fim, é um estímulo a vivermos bem o tempo todo. É como diz o Evangelho: “Vigiai, porque não sabeis quando o dono da casa chegará… para que não suceda que, vindo de repente, ele vos entre dormindo… O que vos digo, digo a todos; Vigiai!” (Mc 13,35-37). A expectativa não bloqueia a vida, mas a enriquece. O tempo que nos é dado é tempo de salvação. A frágil condição humana é uma súplica para que Deus venha nos restaurar. Lemos: “Ah! se rompesses os céus e descesses” (Is 63,19b). Em seu sofrimento, mesmo tendo consciência de seu pecado, o povo clama a Deus, pois só Ele pode reparar esse mal: “Tu te irritastes, porque pecamos”… “Todos nós nos tornamos imundícies, e todas as nossas boas obras são como um pano sujo; murchamos como folhas e nossas maldades empurram-nos como o vento” (Is 64,4-5). Na profunda miséria clama por salvação e tem confiança: “Tu és nosso Pai, nosso redentor; eterno é teu nome” (Is 63,16b)… A confiança vem da certeza de sua benevolência: “Nunca se ouviu dizer… que um Deus, exceto Tu, tenha feito tanto pelos que Nele esperam” (Is 64,3). Deus cuida de nós como o oleiro de sua obra: “Somos barro; tu nosso oleiro, e nós todos, obras de tuas mãos” (7). A salvação só acontecerá se voltamos aos caminhos certos: “É nos caminhos de outrora que seremos salvos” (4). As más escolhas só se reparam com escolhas melhores. 
Ricos em tudo 
A liturgia nos ensina o sentido da vigilância a partir do que Deus nos oferece. A vida cristã não é tanto a conquista das riquezas de Deus, mas o acolhimento dos preciosos dons que oferece. São maiores que nossa capacidade de vivê-los. Paulo lembra aos coríntios: “Dou graças a Deus a vosso respeito, por causa da graça que vos concedeu em Cristo” (1Cor 1,4). Esta graça é a palavra, o conhecimento e o testemunho de Cristo. E continua: “Não vos falta nenhum dom, vós que aguardais a revelação de Nosso Senhor. Ele também vos dará a perseverança em vosso procedimento irrepreensível” (1Cor 1,5.7-8). A vigilância é viver intensamente o que recebemos. O momento final não é assustador. Éa hora da recompensa por termos participados da vida de Cristo e andado como Ele andou (1Jo 2,6). Participamos de seus sofrimentos, como disse aos discípulos: “Vós sois os que permanecestes comigo em minhas tentações; também Eu disponho para vós o Reino, como o meu Pai o dispôs para mim” (Lc 22,28-29). 
Ele vem na fragilidade 
É tempo de correr com as boas obras ao encontro de Cristo que vem (oração). Rezamos: “Aproveite-nos, ó Deus, a participação nos vossos mistérios. Fazei que eles nos ajudem a amar desde agora o que é do Céu e, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam”. Aprendemos a vigilância e nos preparamos para o Natal que vem. É uma vigilância ativa e não medrosa. Somos frágeis. Mas encontramos em Cristo não um Juiz perigoso, mas uma terna criança. Podemos dizer que é um poderoso Senhor com a simplicidade do pastor e o coração de uma criança. Frágeis mas fortes em Cristo. 
Leituras: Isaias 63,16b-17.19b;64,2b-7; 
Salmo 79;
1Coríntios 1,3-9;Marcos 13,33-37 
Advento significa vinda, chegada. A liturgia continua o tema da vigilância. Não saber a hora é estímulo a viver. A expectativa enriquece. A fragilidade humana é uma súplica a Deus para que nos restaure. A consciência do pecado estimula a clamar. A confiança vem da certeza da benevolência. Nos caminhos de outrora seremos salvos. A liturgia deste domingo faz compreender a vigilância a partir do que Deus nos oferece. A vida cristã não é só uma conquista, mas o acolhimento de dons, como Paulo ensina aos coríntios. O momento final é a hora da recompensa por termos participado da vida de Cristo. É tempo de correr com as boas obras ao encontro do Cristo que vem, abraçando o que não passa. A vigilância não é medrosa, mas ativa. Ele não é um juiz perigoso, mas uma terna criança. É o Poderoso com a simplicidade do pastor e o coração de uma criança. Frágeis, mas fortes em Cristo. 
Não avisa quando chega 
Iniciamos o Advento. Novo Ano Litúrgico, nova esperança. Nessa primeira parte do Advento refletimos sobre a espera do fim dos tempos que deve ser vivida na vigilância. Hoje refletimos sobre a vinda improvisa de Cristo. Como viver? Ocupando-nos de nossas responsabilidades na sociedade e na Igreja. Não há o que temer se estamos em dia com nossos compromissos. Recebemos tantas coisas como diz Paulo em sua carta aos Coríntios: “Não tendes falta de nenhum dom”. A força não depende só de nós. Ele nos dará a perseverança. Deus não vem de improviso. Nós é que não assumimos nossa parte. Por isso a primeira leitura diz: Somos culpados por Deus estar longe. Somos como um pano sujo, murchos como as folhas. É nos caminhos de outrora que seremos salvo. É preciso voltar. O tempo é favorável. Por isso dizemos: Ah se rompesses os céus e descesses! Só Deus mesmo para nos consertar! Façamos um bom Advento! 
Homilia do 1º Domingo do Advento (30.11.2014)

EVANGELHO DO DIA 4 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 14,12-14. 
Naquele tempo, disse Jesus a um dos principais fariseus, que O tinha convidado para uma refeição: «Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te convidem e assim serás retribuído. Mas, quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório de Nazianzo 
(330-390) 
Bispo, doutor da Igreja 
 Sobre o amor aos pobres, 4-6; PG 35, 863 
«Agindo assim, ensinaste o teu povo que 
o justo deve ser amigo dos homens» (Sb 12,19) 
O primeiro e o maior dos mandamentos, o fundamento da Lei e dos profetas (cf Mt 22,40), é o amor, que, no meu parecer, dá a sua maior prova através do amor aos pobres, da ternura e da compaixão pelo próximo. Nada honra tanto a Deus como a misericórdia, pois nada se Lhe assemelha tanto. «A retidão e a justiça são a base do teu trono» (Sl 89,15) e Ele prefere a misericórdia ao juízo (cf Os 6,6). Nada como a benevolência entre os homens para atrair a benevolência do Amigo dos homens (cf Sb 1,6); a sua recompensa é justa, Ele pesa e mede a misericórdia. Temos de abrir o nosso coração a todos os pobres e infelizes, sejam quais forem os seus sofrimentos. É esse o sentido do mandamento que nos pede: «Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram» (Rom 12,15). Sendo nós também homens, não será conveniente sermos benevolentes com os nossos semelhantes?

04 de novembro - São Felix de Valois

São Felix de Valois nasceu em Amiens, França, em 1127 e morreu em 1212, e foi co-fundador da Ordem da Santíssima Trindade (os Frades Trinitários) para o Resgate dos Cativos. No começo do século XII, o distrito de Somme e Aisle na França era governado pelo Conde Raul, príncipe da Casa dos Capet e Carlos Magno. Sua esposa Alienor de Champagne era também da casa de Carlos Magno. Em 19 de abril de 1127 ela deu à luz um filho que foi batizado com o nome de Hugo, em homenagem ao seu avô, o filho de Henry I, Rei da França. O jovem Hugo foi enviado para a Abadia de Clairvaux para ser educado. Com 20 anos ele saiu numa cruzada, mais foi incógnito para não ser tratado de modo diferente. Três anos mais tarde ele retornou, viajou pela Itália e foi ser um eremita no norte da Itália ou perto de Clermont d’Oise. Para evitar ser reconhecido ele mudou o nome para Félix e se tornou um sacerdote. Em 1193 ele estava vivendo em extrema solidão perto de Montigny quando recebeu a visita de São João de Mata que, tendo-se diplomado na Universidade de Paris, tornou-se sacerdote, celebrando sua primeira missa em 28 de janeiro de 1193. Eles se tornaram amigos, formando uma pequena comunidade junto com outros discípulos. Um dia em 1197, uma corça branca, que vinha com frequência beber água numa fonte onde os eremitas tiravam sua água, apareceu com uma cruz vermelha e azul entre os chifres.

Santos Vital e Agrícola, mártires de Bolonha

Estes Santos viveram entre os séculos III e IV. Agrícola era cristão de Bolonha e Vital era seu servo, que o seguiu em sua conversão. Perseguido por ser cristão, Vital foi preso por primeiro e torturado sob os olhos do seu patrão. Este, por sua vez, também aceitou o martírio com coragem. https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html
Nas raízes da Igreja bolonhesa está a figura de dois mártires, distintos pela classe social, mas unidos pela palma da morte pela fé. Vitale e Agrícola, servo e senhor, lançaram com o seu testemunho uma mensagem de igualdade e solidariedade que terá reconhecimento público no nascimento do Município livre com o decreto de libertação dos servos (Liber Paradisus). A memória mais antiga dos dois protomártires remonta a Santo Ambrósio e São Paulino de Nola, que atestam o seu «colega e consórcio no martírio». Seus corpos, redescobertos no cemitério judaico pelo bispo Eustácio, foram transferidos por Ambrósio em 393 para a Santa Jerusalém de Estêvão. Seu culto já era difundido nos séculos V e VI. As suas relíquias são veneradas na igreja matriz de Bolonha. (Futuro) 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Bolonha, os santos Vitale e Agrícola, mártires, dos quais, segundo conta Santo Ambrósio, o primeiro foi primeiro escravo do outro, depois companheiro no martírio: Vitale, de fato, sofreu tantos tormentos que foi não faz mais parte do seu corpo sem ferida; Agrícola, nem um pouco aterrorizado com a tortura de seu escravo, imitou-o no martírio, submetendo-se à crucificação.

Beata Helena Enselmini de Pádua (1208-1242)

Helena Enselmini nasceu em 1207 da nobre família Enselmini, em Pádua, Itália. Desde muito jovem, Helena experimentou viva atração pela vida religiosa. Com idade de apenas treze anos ingressou no Mosteiro das Clarissas em Arcela, nas proximidades de Pádua, onde Santo Antônio ficou hospedado, durante sua última enfermidade em um cômodo junto à portaria, e onde faleceu em 1231. Há uma antiga tradição que narra ter sido o próprio São Francisco a cortar os belos cabelos loiros de Helena e revesti-la com o hábito pobre das Damas Pobres de São Damião. Em sua breve existência, Helena deu luminoso exemplo de piedade, humildade, pureza, penitência e heroica conformidade e paciência, nas imensas dores que a atormentaram, prostrando-a no leito durante quinze meses. A principal característica de sua espiritualidade, foi uma profunda devoção à Paixão de Cristo. Enfrentou com heroísmo sua limitação física, pois nos últimos anos não conseguiu mais ingerir alimentos. Ficou muda, cega e paralítica. Faleceu na idade de trinta e quatro anos, no dia 4 de novembro de 1242. No final do século XVII, o Papa Inocêncio XII confirmou o seu culto, já bastante popular na Itália, beatificando-a. Sua festa ocorre no dia 4 de novembro.

Beata Francisca d’Amboise, Viúva, Fundadora - 4 de novembro

      A figura mais interessante do reinado de Pedro II, segundo La Borderie, infelizmente é conhecida só por documentos tardios. Francisca nasceu em Thouars (França) no dia 9 de maio de 1427, filha do Visconde Luis d’Amboise e da Baronesa Maria de Rieux.

     Rica herdeira, viu-se quase desde o princípio desejada pelo favorito de Carlos VII, Jorge de La Trémoille, para seu filho Luís; a infeliz criança teve de fugir com a mãe e colocar-se sob a guarda do condestável de Richemont, em Parthenay.
     Este influente protetor negociou o casamento de Francisca, aos quatro anos, com o seu sobrinho Pedro, segundo filho do Duque da Bretanha. Por isso foi ela transportada para Nantes e educada na corte da Bretanha. Sua futura sogra, Joana, irmã de Carlos VII da França, imprimiu em sua alma um espírito profundamente cristão.
     Contratado em 1431, o casamento só veio a celebrar-se dez anos mais tarde. Os jovens esposos estabeleceram-se então em Guingamp. Em 1450, na Catedral de Reims, era coroada como Duquesa da Bretanha juntamente com seu esposo.
     De comum acordo, decidiram conservarem-se castos e oferecer à alta sociedade um modelo de lar cristão com a prática assídua de excelsas virtudes. Juntos se consagraram à Virgem Maria em seu Santuário de Folgoët, onde deixaram marcada uma Missa a ser celebrada todos os sábados.

Santa Modesta de Trier Virgem Festa: 4 de novembro

A beneditina Modesta, abadessa de Öhren, perto de Trier (século VII), tinha um vínculo espiritual - embora vivessem longe e nunca se vissem - com Santa Getrude de Nivelles. Na verdade, é lembrado num livro sobre seus milagres. A alma de Gertrude apareceu para Modesta e revelou que ela acabara de morrer. No dia seguinte, ela quebrou a promessa de silêncio quando o bispo de Metz veio visitá-la e descreveu-lhe
Gertrude tal como a tinha visto. No século XVIII, o corpo de Modesta estava na abadia de Sankt Irminen. Hoje seus ossos estariam na igreja de San Mattia. (Futuro) 
Martirológio Romano: Em Trier, na Austrásia, na atual Alemanha, Santa Modesta, abadessa, que, consagrada a Deus desde a infância, foi a primeira a liderar o rebanho de virgens consagradas do mosteiro de Öhren nesta cidade e se uniu a Santa Gertrudes de Nivelles da grande amizade em Deus. 
A pouca informação que chegou até nós provém de uma passagem do panfleto 'De virtutibus s. Geretrudis' que narra os milagres de s. Gertrudes de Nivelles († 659), este panfleto foi escrito por uma autora contemporânea do s. Gertrudes e Santa Modesta e portanto confiáveis. Na segunda metade do século VII, no mosteiro de Trier, na Alemanha, dedicado a 'S. Maria ad Horreum', viveu como abadessa. Modesta, que desde criança foi consagrada a Deus e teve uma grande e espiritual amizade com Santa Gertrudes, apesar de nunca terem se visto. Depois de vários anos, enquanto Modesta rezava na igreja do seu mosteiro, em frente ao altar de Nossa Senhora, de repente viu S. Gertrude que lhe revelou que ela havia morrido naquele dia e naquela mesma hora. Terminada a visão, Modesta foi proibida de falar sobre isso com qualquer pessoa, mas permaneceu em silêncio durante todo o dia. Na manhã seguinte, o bispo de Metz Clodolf († 667) chegou ao mosteiro e pediu-lhe notícias de Gertrude, abadessa de Nivelles, portanto longe de Öhren de Trier e como era o seu rosto, a descrição do bispo correspondia à mulher da visão e então Modesta contou ao prelado o que havia acontecido.

Beata Teresa Manganiello, Terceira franciscana, Fundadora - 4 de novembro

Teresa Manganiello nasceu perto de Montefusco, província de Avelino (Itália), no dia 1º de janeiro de 1849, undécima de doze filhos de uma família de camponeses. Seus pais eram Romualdo Manganiello e Rosária Lepore, “honestos concidadãos” cheios de fé e de profunda piedade cristã. No dia seguinte ela recebeu o batismo na Igreja de São João del Vaglio. Aos sete anos recebeu a Primeira Comunhão na igreja de Santo Egídio, anexa ao convento Capuchinho do mesmo nome. Como muitas crianças camponesas do sul da Itália daquela época, não frequentou a escola e sempre cresceu à sombra da casa colonial edificada nos campos daquela zona do país. Adolescente, manifestou o desejo de consagrar sua vida a Deus. Em contínua união com Deus, Teresa desde jovenzinha convidava com gentileza suas companheiras a cultivar a pureza e o amor a Deus e ao próximo. Tinha predileção pelas crianças, que cuidava como mãe dedicada. Como prova de sua particular devoção à Virgem Imaculada, bem jovem Teresa cortou sua longa e farta cabeleira e fez dela um presente a Nossa Senhora. A vida da jovem terceira franciscana era penetrada de orações marianas tão intensas, que poderia parecer inacreditável se se considera que ela se dedicava aos afazeres domésticos da manhã à noite. O Rosário preenchia toda a sua jornada. Teresa concluiu sua existência terrena repetindo a sua bela invocação: “Ó minha querida Mamãe! Só em vossa companhia serei digna de me apresentar ao vosso Filho, ao meu belo Esposo, Jesus!”

Francisca de Amboise Viúva, Fundadora, Beata 1427-1485

Duquesa da Bretanha, 
fundadora 
dum mosteiro de Clarissas em Nantes 
e outro de Carmelitas em Vannes, 
para onde se retirou e foi Priora.
A figura mais interessante do reinado de Pedro II, segundo La Borderie, infelizmente é conhecida só por documentos tardios. Francisca nasceu em Thouars (França) no dia 9 de Maio de 1427, filha do Visconde Luis d’Amboise e da Baronesa Maria de Rieux. Rica herdeira, viu-se quase desde o princípio desejada pelo favorito de Carlos VII, Jorge de La Trémoille, para seu filho Luís; a infeliz criança teve de fugir com a mãe e colocar-se sob a guarda do condestável de Richemont, em Parthenay. Este influente protector negociou o casamento de Francisca, aos quatro anos, com o seu sobrinho Pedro, segundo filho do Duque da Bretanha. Por isso foi ela transportada para Nantes e educada na corte da Bretanha. Sua futura sogra, Joana, irmã de Carlos VII da França, imprimiu em sua alma um espírito profundamente cristão. Contratado em 1431, o casamento só veio a celebrar-se dez anos mais tarde. Os jovens esposos estabeleceram-se então em Guingamp. Em 1450, na Catedral de Reims, era coroada como Duquesa da Bretanha juntamente com seu esposo. De comum acordo, decidiram conservarem-se castos e oferecer à alta sociedade um modelo de lar cristão com a prática assídua de excelsas virtudes.

São Carlos Borromeu arquétipo(modelo) de bispo católico

Sobrinho do Papa Pio IV, 
foi Bispo de Milão 
e cardeal aos vinte e dois anos.
Peça-mestra da Contra-Reforma católica, grande propugnador do Concílio de Trento, realizou profunda reforma na arquidiocese de Milão. 
Foi um exemplo de verdadeiro Pastor, por seu zelo pelas almas e santidade de vida. 
Carlos Borromeu nasceu no castelo de Arona, nas margens do Lago Maior, Ducado de Milão, a 2 de outubro de 1538, filho dos condes Gilberto e Margarida de Médici. A mãe era irmã do Cardeal João Ângelo, que seria elevado ao sólio pontifício com o nome de Pio IV. Dizia-se do conde que levava mais a vida de monge que a de grande senhor, rezando diariamente o breviário e dedicando muitas horas à oração e às boas obras. A condessa emulava com ele em piedade. Todos os biógrafos do futuro santo mencionam uma claridade extraordinária que envolveu o castelo de Arona quando nascia o menino, tomada como sinal a denotar a luz de santidade que o recém-nascido projetaria em toda a Cristandade. Com pais tão virtuosos, era natural que também se desse logo cedo à piedade, sendo suas distrações montar altares e repetir cerimônias que via na igreja. Desabrochou logo cedo em Carlos a vocação sacerdotal, de modo que já aos oito anos recebeu a primeira tonsura; aos 12, seu tio, Júlio César Borromeu, resignou em seu nome a Abadia de São Graciano e São Felino.

ORAÇÕES - 4 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
4 – Segunda-feiraSantos: Carlos Borromeu, Claro, Vital
Evangelho (Lc 14,12-14) Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então serás feliz!”
Quando nos aproximamos do pobre, do pequeno e do sofredor para o ajudar, estamos simplesmente amando, gratuitamente.Não esperamos nada em troca. Devemos também simplesmente amar quando fazemos o bem para um parente ou amigo. Se adotar esse modo de me relacionar,estou agradecendo a Deus o amor generoso e gratuito com que cuida de mim sem nenhum merecimento meu.
Oração
Senhor Jesus, sabeis como em geral o mundo e eu, quase sempre, somos interesseiros. Cobramos sempre os menores favores feitos a qualquer pessoa. Esperamos pelo menos que nos agradeçam. Ajudai-me a fazer o bem puramente por amor a vós e aos meus irmãos. Fazei-me atencioso a todas as necessidades junto de mim.E ensinai-me também a agradecer os menores favores. Amém.

domingo, 3 de novembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “A partir do coração do Evangelho”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHGOR
Anunciar sem perder
 
O enriquecimento da comunicação atual trouxe para dentro de nossa casa o mundo que era distante. Pregamos o mesmo evangelho pregado pelos apóstolos com os meios atuais. O Papa Francisco alerta para alguns riscos: “algumas questões fundamentais que fazem parte da doutrina moral da Igreja e ficam fora do contexto que lhes dá sentido. Pior quando os aspectos secundários por si só não manifestam o núcleo da mensagem de Cristo” (EG 34). A velocidade da comunicação pode não favorecer chegar ao mais importante do Evangelho ficando somente em aspectos secundários. O anúncio deve ir ao conteúdo que é a transformação da pessoa em uma nova criatura. Não basta apresentar somente frases bonitas de autoajuda, slogans, imagens que comovem, mas não movem. Tudo é muito bom, mas não é completo. O que mais assusta é o desconhecimento de pontos básicos e fundamentais da doutrina da Igreja. O povo não foi bem catequizado. Por isso mesmo não se pode exigir um conhecimento que não receberam nem dar por suposto o conhecimento da doutrina. Urge então ir ao coração do Evangelho que é a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo, morto e ressuscitado (EG 16). As verdades da fé e da moral estão unidas e conduzem ao essencial. Jesus resume todo seu ensinamento no amor. Não é uma conversa mole para amaciar o coração, mas tem em Jesus e em sua entrega na cruz o ponto central que dá sentido a tudo mais. É bom saber de cor (significa coração) a doutrina, mas é necessário levá-la ao coração. S. Paulo insiste no fundamental que é “a fé que age pelo amor” (Gl 5,6). A fé e o amor estão intimamente unidos, se complementam e se explicam. 
Misericórdia é amor 
Santo Tomás explica esse fundamento da fé: “O elemento principal da Nova Lei é a graça do Espírito Santo que se manifesta através da fé que opera pelo amor”. O nome do amor é misericórdia. Ela é a maior das virtudes. Ela é o primeiro culto, pois é o que mais agrada a Deus, uma vez que garante o bem ao próximo (Idem). Vivemos uma religião egoísta e intimista. Pensamos só em nós, quando o verdadeiro bem é pensar nos outros. O Papa Francisco continua afirmando que esta é a atitude de quem é superior. Como estamos no lugar de Deus, o poder que nos foi dado é usar seu poder de misericórdia e não de dominação. É poder de debruçar-se sobre os outros. Lembramos a parábola do bom samaritano: “Quem foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos bandidos? Aquele que usou de misericórdia (Lc 10,37). A conclusão da parábola é mais clara: “Vai, e faze o mesmo”. 
Anúncio vivido
A transmissão da Palavra exige uma proporção, isto é, percorrer os diversos temas da doutrina. A formação do povo de Deus exige mais dos evangelizadores. Estamos mal de pregação. É necessário mais conteúdo. Essa parte, reservada em particular aos padres e bispos, necessita de maior atenção. Há muitos que reclamam que não levam nada da celebração. Também o pregador deve ser ouvinte da Palavra, não somente um transmissor. Somos os primeiros ouvintes da Palavra. O Papa encerra o texto: “Não podemos pregar ideologias, pois a mensagem correrá o risco de perder o seu frescor e já não ter o “perfume do Evangelho” (EG 39). Há ideologias de esquerda e também de direita. Podemos ter certeza que conseguiremos anunciar quando acreditamos em Cristo com a fé de discípulo. Se anunciarmos o coração do Evangelho, poderemos garantir a força do anúncio vivido.
ARTIGO PUBLICADO EM NOVEMBRO DE 2014

EVANGELHO DO DIA 3 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Marcos 12,28b-34. 
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?». Jesus respondeu: «O primeiro é este: "Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças". O segundo é este: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Não há nenhum mandamento maior que estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além dele. Amá-lo com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-lo.
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Basílio 
(330-379) 
Monge, bispo de Cesareia da Capadócia, 
doutor da Igreja 
«Grandes Regras», quest. 2 
Desenvolver em nós o germe do amor 
O amor de Deus não se ensina. Ninguém nos ensinou a apreciar a luz ou a valorizar a vida acima de tudo, nem a amar aqueles que nos deram à luz ou nos criaram. Da mesma forma, ou melhor, com mais razão ainda, não é um ensinamento exterior que nos ensina a amar a Deus. Na própria natureza do ser vivo – e refiro-me ao ser humano – existe um germe que contém em si o princípio dessa capacidade de amar. É à escola dos mandamentos de Deus que cabe acolher este germe, cultivá-lo com diligência, alimentá-lo cuidadosamente e levá-lo à perfeição através da graça divina. Na medida em que o Espírito Santo nos ajudar, esforçar-nos-emos, com a ajuda de Deus e das vossas orações, por acender a centelha do amor divino que está escondida em vós. Vivemos santamente na virtude usando leal e adequadamente essas faculdades; pelo contrário, desviando-as do seu fim, somos arrastados para o mal. Esta é, de facto, a definição do vício: o uso abusivo, contrário aos mandamentos do Senhor, das faculdades que Deus nos deu para o bem; e esta é, consequentemente, a definição da virtude que Deus exige de nós: o uso consciente dessas faculdades de acordo com os mandamentos do Senhor. Assim sendo, diremos o mesmo da caridade: tendo recebido de Deus o mandamento do amor, possuímos imediatamente, desde a nossa origem, a faculdade natural de amar.

03 de novembro - Beato Rupert Mayer

"Quando eles te levarem ao tribunal, 
não se preocupem... ", 
Continua a dizer Jesus aos seus apóstolos. 
Rupert Mayer sabia que desde 1933 suas homilias eram controladas pela polícia. Apesar disso, ele continuou anunciando a verdade como estava, nua e crua. Quando foi preso, declarou à Gestapo: "Declaro que, se fosse libertado, continuaria a pregar nas igrejas de Mônaco e em toda a Baviera, por razões de princípio, apesar da proibição de falar que me impuseram". Ele também não pôde permanecer em silêncio, assim como o apóstolo disse: "Ai de mim se eu não pregar o Evangelho!" (ICor 9,16 ) Nosso Beato estava pronto para enfrentar a prisão e o campo de concentração. No questionário, que o preencheu na prisão, escreveu: "Não me queixo do meu destino: não acho que seja uma pena, mas o coroamento da minha vida". E antes de ser levado para o campo de concentração em Saehsenhausen, ele escreveu da prisão da Gestapo: "Quando a porta da prisão se fechou e eu me vi sozinho na cela onde eu já tinha passado tempo, lágrimas vieram aos meus olhos; mas foram lágrimas de alegria por ter sido, por causa de minha vocação, julgado digno de ser aprisionado e de ir ao encontro de um futuro incerto". Esta não é a voz de um homem que é apenas corajoso, mas o de um cristão que se orgulha de compartilhar a cruz de Cristo. Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 03 de maio de 1987 Rupert Mayer nasceu em 23 de janeiro de 1876, em Stuttgart, Alemanha. Fez seus estudos no seminário local e foi ordenado em 1899. Ingressou em 1900 no Noviciado de Feld-kich, Áustria. Como a Companhia estava proibida na Alemanha, realizou seus estudos no exterior e, terminados estes, ocupou o cargo de sócio do mestre de noviços.

Beato Manuel Lozano Garrido – “Lolo”

Fiel leigo que soube irradiar em seu exemplo e seus escritos o amor a Deus, inclusive entre as enfermidades que o sujeitaram a uma cadeira de rodas durante quase 25 anos. Ao final de sua vida perdeu também a vista, mas continuou ganhando os corações para Cristo com sua alegria serena e sua fé inquebrantável. Os jornalistas poderão encontrar nele um testemunho eloquente do bem que se pode fazer quando a pena reflete a grandeza da alma e se coloca a serviço da verdade e das causas nobres. Papa Bento XVI – 13 de junho de 2010 
Manuel Lozano Garrido, Lolo, nasceu em Linares – Espanha – em 1920. Aos 22 anos ele ficou numa cadeira de rodas devido a uma paralisia progressiva. A sua imobilidade foi total e nos seus últimos nove anos ficou cego. Lolo foi um jovem secular, um cristão que levou a sério o Evangelho. Manteve sempre a alegria no seu constante sorriso. Homem do sofrimento, foi semeador da alegria nas centenas de jovens e adultos que se aproximavam dele em busca de um conselho.

Santa Margarida de Oingt, por Bento XVI

Caros, benedicite! 
O Papa nos dirige as palavras abaixo para que reflitamos acerca do caráter contemplativo que cercou a vida da monja Margarida de Oingt. Seja esta uma oportunidade de revermos o caráter contemplativo que nossas atitudes devem empreender, cerne de nossa espiritualidade. 
Abraços fraternais! 
Queridos irmãos e irmãs: 
Com Margarida de Oingt, de quem eu gostaria de vos falar hoje, entramos na espiritualidade cartusiana, que se inspira na síntese evangélica vivida e proposta por São Bruno. Não conhecemos sua data de nascimento, ainda que alguns a situem por volta de 1240. Margarida provém de uma poderosa família da nobreza antiga do Lyonnais, os Oingt. Sabemos que sua mãe também se chamava Margarida, que tinha dois irmãos (Guiscardo e Luís) e três irmãs (Catarina, Isabel e Inês). Esta última a seguirá ao mosteiro, na Cartuxa, sucedendo-a depois como priora. Não temos notícias sobre sua infância, mas, por seus escritos, podemos intuir que transcorreu tranquila, em um ambiente familiar afetuoso. De fato, para expressar o amor sem limites de Deus, ela valorizava muito as imagens ligadas à família, com particular referência às figuras do pai e da mãe. Em uma meditação sua, diz assim: "Muito doce Senhor, penso nas graças especiais que me deste por tua solicitude: antes de tudo, como me protegeste desde a minha infância e como me afastaste do perigo e me chamaste a dedicar-me ao teu santo serviço, como provieste em todas as coisas que me eram necessárias para comer, beber, vestir e calçar, e o fizeste de tal forma que não tive ocasião de pensar em todas estas coisas, a não ser em tua grande misericórdia" (Margherita d'Oingt, Scritti spirituali, Meditazione V, 100, Cinisello Balsamo 1997, p. 74).

Odrada van Alem , Kempen, Bélgica; virgem; †século VIII

Nasceu como uma menina nobre em Scheps aan de Nete, perto de Balen, Bélgica. Ela queria dedicar sua vida completamente a Deus. Quando uma madrasta veio à casa após a morte da mãe, surgiram cada vez mais atritos entre ela e Odrada. Reza a história que uma vez ela quis comparecer à celebração da dedicação da igreja em Millegem. Seu pai e sua madrasta também foram, então não havia montaria para ela. “Tente pegar e domar um dos cavalos selvagens da floresta”, foi o comentário sarcástico da madrasta. Ela então fez uma cruz com galhos de salgueiro (de acordo com algumas versões da história eram galhos de tília). Com aquela placa erguida diante dela, deu um passo em direção aos animais que se aproximavam. Eles pararam. Um cinza se separou do grupo, aproximou-se cautelosamente de Odrada e se ajoelhou diante dela. Ela montou no animal e chegou a tempo para a consagração da igreja em Millegem. Lá ela enfiou os galhos de salgueiro no chão, e uma fonte brotou no local. Os galhos cresceram e se transformaram em uma árvore impressionante. Nada disso melhorou o relacionamento entre ela e a madrasta. Ela murchou, definhou e morreu jovem: † século VIII. Pouco antes de sua morte,  pediu ao pai que colocasse seu corpo em um tronco oco de árvore, colocasse-o em uma carroça com uma junta de bois na frente e o deixasse aos animais para onde eles iriam. Ela desejava ser enterrada no local onde parariam. Eles pararam apenas na cidade de Alem aan de Maas, no Brabante. Seu pai mandou construir uma basílica para ela lá.