Odette Prevost foi assassinada
por terroristas em Argel
a caminho da missa.
Nasceu em 7 de julho de 1932 em Oger na França e formou-se em professora trabalhando por três anos na Avize na educação de crianças.
Questionava-se sobre a vocação religiosa e, em primeiro lugar, pensa na vida cisterciense, por isso ela decidiu seguir os passos do Beato Charles de Foucauld. Mais tarde, juntou-se às Irmãzinhas do Sagrado Coração, aos 21 anos de idade, em 1953.
Como sua primeira missão, a irmã Odette foi enviada em 1958 ao Marrocos, ao Kbab, entre os berberes. Ali, trabalhou no dispensário e ministrou aulas de tricô e costura para meninas: conheceu os muçulmanos e sua cultura. Ela fez sua profissão perpétua em 1959. Por um ano, também conviveu com o padre Peyriguère, um eremita que morava sozinho no atlas marroquino.
Chamada de volta à França, trabalhou em Argenteuil, mas queria partir novamente para o Magrebe e, a partir de 1968, mudou-se para Argel, no distrito de Kouba. Ali participou da fundação de uma comunidade e viveu na mesma pobreza que a população local.
Querendo dominar melhor a língua e a cultura árabe, em 1980 ela se mudou para Roma para estudar ciências clássicas árabe e islâmica por dois anos. Voltando para Argel, ingressou no Centro Cultural Diocesano "I Glicini", onde foi bibliotecária e professora de árabe.
Também fazia parte de Ribat-el-Salam (Laço da Paz), onde conheceu os monges de Tibhirine. Segundo a prioresa geral de sua congregação, ela era alta, imponente e intelectualmente dotada, não era de temperamento fácil, criticava a autoridade e era bastante preocupada; mas, alguns meses antes de sua morte, ela havia se transformado manifestamente, como havia descoberto outro mártir, o bispo de Oran, Pierre Lucien Claverie: "porque quando você arrisca sua própria vida, deve ir ao essencial".
Apenas dois meses depois do martírio do Bispo Pierre Lucien Claverie, em 10 de novembro de 1995, por volta das 8h30, ela foi com outra irmã para participar da missa, quando um terrorista saiu de um carro e disparou. A irmã Odette morreu instantaneamente, sua companheira ficou gravemente ferida, no queixo e no rosto.
Irmã Odette sabia que a sua vida estava em perigo e definia o contexto sócio-político em que se encontrava um “momento privilegiado para viver com mais verdade, fidelidade a Jesus Cristo e ao Evangelho”.
O seu martírio foi reconhecido em janeiro de 2018 pelo Papa Francisco, mais tarde foi proclamada Beata durante a cerimônia de beatificação em 8 de dezembro de 2018 na Argélia, em Oran , com o grupo de mártires da Argélia .
Uma oração composta pela irmã Odette foi encontrada nela imediatamente após a sua morte:
"Viva este dia, Deus lhe concede, é seu. Viva nele. O dia de amanhã é de Deus, não pertence a você. Não baixe as preocupações de hoje com o amanhã. O amanhã é de Deus, devolva para ele. O momento atual é uma passarela frágil, se você carrega com os arrependimentos de ontem, com preocupação pelo amanhã, a passarela cede e você cai. O passado? Deus o perdoa. O futuro? Deus dá. Viva hoje o dia em comunhão com ele”.
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