PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+) E PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO(+) REDENTORISTAS NA PAZ DO SENHOR |
A festa da Assunção de Maria ao Céu é uma das mais antigas da Igreja. Ela une todas as Igrejas da Tradição em uma só celebração. Já no ano 600 esta festa era celebrada na liturgia galicana (da França). Notemos que, para uma verdade chegar a ser uma celebração litúrgica, é necessária uma fé bem fundamentada na tradição e no patrimônio comum dos cristãos. Podemos ler: "Não temos nenhuma data histórica para indicar quanto tempo a Mãe de Deus permaneceu na terra após a Ascensão de Jesus ao Céu e nem quando, onde ou como morreu, pois os evangelhos nada falam sobre isso. A base para a Festa da Assunção (chamada também de Dormição de Maria) é a santa tradição da Igreja, que data da era apostólica, escritos apócrifos, a fé constante do povo de Deus e a opinião unânime que os Padres e os Doutores da Igreja do primeiro milênio do cristianismo" (Sofia Fotopoulou). Maria é um sinal grandioso porque unida a Cristo. Ela nos estimula a buscar as coisas do alto. Rezamos na oração: “Dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória”. Esta expectativa coloca em nosso coração o ardente desejo de chegar até Deus. A missão de Maria é interceder para que todos cheguem ao Céu. Tanto o Céu como a Terra vêem nela o sinal para a Igreja, pois é aurora e esplendor da Igreja triunfante. E é consolo e esperança para o povo que ainda está a caminho (prefácio). O povo sente em Maria gloriosa no Céu, a certeza que todos poderão viver a fé, pois é dada a garantia do bem que a fé nos faz. Sentem também que nossa natureza humana, já glorificada em Cristo, resplandece em sua filha predileta.
Ressuscitada com Cristo
O Papa Pio XII não inventou o dogma, mas, com ele reconheceu que é doutrina de fé na Igreja. O fundamento da festa e de sua doutrina está na fé na Ressurreição de Jesus, como nos cita Paulo. Maria é sinal da Igreja perseguida porque crê em Jesus, o Filho dessa Mulher que é sinal da vitória de Cristo em seus seguidores, pois todos ressuscitarão. Cristo garante a ressurreição de todos ao ressuscitar Maria levando-a para a Glória do Pai e garante que a morte será vencida, pois Maria também não sofreu a corrupção, como o Cristo, dando a todos a certeza da ressurreição de nossos corpos. Não é um privilégio de Maria, mas de toda a Igreja. A Assunção de Maria foi um dom, mas uma necessidade por sua união com Cristo através de sua carne.
Missão de levar Cristo
A Igreja continua a missão de Maria de levar Cristo a todos. Por isso é perseguida pelos seguidores da besta que querem engolir o Filho, Jesus e seus discípulos. Ela sabe que será libertada por Deus. A Igreja faz memória e torna presente o gesto misericordioso de Deus que assume Maria para a Glória. Por isso o salmo canta 45: “A filha do Rei é introduzida no palácio real. Ela é a rainha à direita do Rei”. Participamos desta glória na celebração litúrgica recebendo sua intercessão e alegrando-nos com ela em sua exaltação. Os religiosos, cujo dia celebramos, são chamados a ser como Maria que nos indica a riqueza dos bens futuros que devem ser vivenciados agora, vencendo a força do mal por uma vida de ressuscitados. Os religiosos anunciam com sua vida como Maria. A visita a Isabel não é só um problema familiar de caridade, mas é a grande caridade de Deus que, através de seus filhos, anuncia que Cristo vive, é Salvador e dá o Espírito Santo
Leituras: Apocalipse 11,19a;12,1.3-6ab;
Salmo 44;
1Coríntios 15,20-27ª; Lucas 1,39-56
1. Nada sabemos sobre a vida de Maria após Pentecostes. A festa é muito antiga e reflete a certeza de todas as Igrejas da Tradição. Maria glorificada é sinal, estímulo, testemunho, consolo e atração de toda a Igreja para a Glória. Para isso intercede junto do Pai. É exultação para o Céu e garantia para a Igreja que caminha que vê nela seu futuro.
2. O Papa Pio XII reconheceu a doutrina de fé da Igreja que se baseia na Ressurreição. Ela é sinal da Igreja perseguida e vitoriosa. Cristo garante a ressurreição de todos ao ressuscitar Maria. A Assunção é um dom e uma necessidade por sua união a Cristo através de sua carne.
3. A Igreja continua a missão de Maria de levar Cristo a todos. Por isso é perseguida pela besta. Faz memória e torna presente o gesto misericordioso de deus que assume Maria para a Glória. A visita de Maria que lemos não é só um problema de família, mas a grande caridade de Deus que anuncia que Cristo vive e é o Salvador que dá o Espírito Santo
A outra Maria
Temos muitas imagens e belas pinturas de Nossa Senhora. O Evangelho se interessa pela beleza, mas gosta mesmo da beleza que não tem rugas de vaidade e de consumismo. Maria é a grande mulher, vestida de sol que enfrenta o dragão, o mal.
A beleza de Maria está em sua naturalidade de gente unida a sua família e às necessidades do mundo. Não podemos imaginar como era. Ela mesma diz quem ela é: Vai às pressas à casa de Isabel para levar ajuda. A maior delas é dar o Espírito Santo a Isabel. Os dois meninos se encontram no Espírito e se alegram.
Maria é preocupada com a situação triste dos sofrimentos do mundo. Por Jesus podemos, com ela diz, reverter o quadro dos orgulhos, elevando os humildes, saciando a fome e lembrando-se do povo de Deus.
Homilia da Assunção de Maria (17.08.2014)
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