sexta-feira, 4 de outubro de 2024

EVANGELHO DO DIA 4 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 10,13-16.
Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado os milagres que em vós se realizaram, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre a cinza. Assim, no dia do Juízo, haverá mais tolerância para Tiro e Sidónia do que para vós. E tu, Cafarnaum, serás elevada até ao céu? Até ao inferno é que descerás. Quem vos escuta, escuta-Me a Mim; e quem vos rejeita, rejeita-Me a Mim. Mas quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Paulo II 
Papa(1920-2005)  
Encíclica «Redemptoris missio», §§ 38-39
(trad.©Libreria Editrice Vaticana) 
«Quem vos escuta, escuta-Me a Mim; 
e quem vos rejeita, rejeita-Me a Mim» 
A época em que vivemos é, ao mesmo tempo, dramática e fascinante. Se, por um lado, parece que os homens vão no encalço da prosperidade material, mergulhando cada vez mais no consumismo materialista, por outro lado, manifesta-se a angustiante procura de sentido, a necessidade de vida interior, o desejo de aprender novas formas e meios de concentração e de oração. Não só nas culturas densas de religiosidade, mas também nas sociedades secularizadas, procura-se a dimensão espiritual da vida como antídoto à desumanização. A Igreja tem em Cristo, que Se proclamou «o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14, 6), um imenso património espiritual para oferecer à humanidade. A Igreja deve ser fiel a Cristo, já que é o seu Corpo e continua a sua missão. É necessário que ela «caminhe pela mesma via de Cristo, via de pobreza, obediência, serviço e imolação própria até à morte, da qual Ele saiu vitorioso pela sua ressurreição» (Vat II, «Ad gentes», 5). A Igreja tem portanto o dever de fazer todo o possível para cumprir a sua missão no mundo e alcançar todos os povos; e tem também o direito, que lhe foi dado por Deus, de levar a termo o seu plano. A liberdade religiosa, por vezes ainda limitada e cerceada, é a premissa e a garantia de todas as liberdades que asseguram o bem comum das pessoas e dos povos. É de se auspiciar que a autêntica liberdade religiosa seja concedida a todos, em qualquer lugar, tratando-se de um direito inalienável de toda a pessoa humana. Por outro lado, a Igreja dirige-se ao homem no pleno respeito da sua liberdade (cf Vat II, «Dignitatis humanae», nn. 3-4; Paulo VI, «Evangelii nuntiandi», nn. 79-80; João Paulo II, «Redemptor hominis», n. 12); a missão não restringe a liberdade, pelo contrário, favorece-a. A Igreja propõe, não impõe nada; respeita as pessoas e as culturas, detendo-se diante do sacrário da consciência. Aos que se opõem com os mais diversos pretextos à atividade missionária, a Igreja repete: Abri as portas a Cristo!

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