Evangelho segundo São Lucas 11,42-46.
Naquele tempo, disse o Senhor: «Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças, mas desprezais a justiça e o amor de Deus! Devíeis praticar estas coisas, sem omitir aquelas.
Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas e das saudações na praça pública!
Ai de vós, porque sois como sepulcros disfarçados, sobre os quais passamos sem o saber!».
Então um dos doutores da lei tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, ao dizeres essas palavras também nos insultas a nós».
Jesus respondeu: «Ai de vós também, doutores da lei, porque impondes aos homens fardos insuportáveis e vós próprios nem com um só dedo tocais nesses fardos!».
Tradução litúrgica da Bíblia
Monge perto de Mossul
Sentenças 117, 118
«Ai de vós, doutores da lei, porque impondes
aos homens fardos insuportáveis»
A sobriedade vigilante ajuda mais o homem que as obras exteriores. Não é possível uma pessoa dominar verdadeiramente os desejos corpóreos – a preguiça, a ira, a gula – e não adquirir mansidão. Exercido o desprendimento de tudo com discernimento, seguem-se-lhe a recusa dos confortos corpóreos e da preocupação com a opinião dos outros. A pessoa que, por amor a Deus, acolhe com alegria e diligência o mal que lhe fazem é pura de coração (cf Mt 5,8); e, se não despreza ninguém, é verdadeiramente livre.
Não alimentes o ódio contra o pecador, porque todos somos culpados. Se, por amor a Deus, tiveres contra ele motivos de censura, lamenta-o. Porque lhe terias ódio? É o seu pecado que deves odiar, ao mesmo tempo que rezas por ele, para seres como Cristo, que, longe de Se indignar com os pecadores, rezava por eles (cf Lc 23,34). Que razão terias, pois, para odiar o pecador, tu que não passas de um homem? Seria por ele não estar à altura da tua virtude? Mas onde está a tua virtude se te falta caridade?
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