Continuamos a alegria pela Ressurreição de Cristo quenos leva a aclamar e dar glória a Deus(antífona de ingresso). O Cristo Ressuscitado anunciado por Pedro no dia de Pentecostes continua vivo e presente na comunidadecomo esteve com os discípulos. O evangelho nos traz a narrativa dos dois discípulos que vão a Emaús. Jesus entra em sua conversa. Cléofas diz do desencanto provocado pela morte de Jesus, homem acreditado junto de Deus e do povo. Apesar de as mulheres e os dois discípulos terem constatado o túmulo vazio, a Ele não viram, como não O veem agora os dois que dialogam com Ele. Não crer na Escritura é ter o coração fechado e lento (Lc 24,25). O Cristo devia sofrer. Mesmo glorioso não perde sua característica de servo sofredor. Continua sofrendo o desconhecimento, a negação, a oposição a seu Evangelho e no sofrimento dos humilhados. Está presente quando se põem em comum as esperanças. Quando chegam à hospedaria, parece querer ir adiante. Os dois O convidam a estar com eles: “‘Fica conosco, Senhor, pois é tarde e a noite vem chegando’. Jesus entrou para ficar com eles” (29). Quando parte o pão abrem-se seus olhos e passam a ver com a fé. Temos esta presença de Jesus quando estamos juntos na fraternidade, na leitura dos sinais dos tempos analisando os acontecimentos, na escuta da Palavra e no partir o pão. Temos consciência que a Salvação que não foi comprada a baixo peço, como diz Pedro: “Sabeis que não fostes resgatados não por meio de coisas perecíveis, como prata ououro, mas pelo sangue precioso de Cristo cordeiro sem defeitos e sem manchas”(1Pd 1,1819). É uma pena que se perca tanto tempo em busca de aparições que podem ser até boas, mas a presença que salva, Jesus Vivo na comunidade, não provoca tanto interesse. Estamos ainda de olhos fechados à fé.
Nosso coração ardia
Depois do encontro com Jesus voltam à cidade, não na lembrança de um morto, mas na presença de um Vivo: “Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão”(34). Comentavam os dois entre si: “Não estava ardendo nosso coração, quando nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (32). Desta Palavra podemos aprender que a Comunidade é o lugar da experiência do Ressuscitado. Comunidade não é só o momento das celebrações, mas se estende pelo dia na fraternidade. Sua presença recupera o sentimento da esperança e nos liberta de nossos maus humores, equilibrando a vida.A fé é o acolhimento de uma Pessoa que entra em nossa vida e nos abre a Palavra e os olhos para tê-Lo presente. A força da Eucaristia sustenta a comunidade.
Renovação espiritual
A celebração de hoje nos dá confiança em nossa futura ressurreição (oração).
Renovados pelos sacramentos pascais cheguemos à glória da ressurreição da carne(Pós comunhão). A Páscoa não é uma simples comemoração, mas uma grande presença da ação de Deus. A Ressurreição dá um sentido sempre novo à Eucaristia que celebramos, vitalidadeaos convívios fraternos onde se manifesta a caridade de Cristo, abre o coração para a Palavra de Deus e refundao diálogo da oração que leva ao diálogo com os irmãos. A presença de Cristo confere à fé a maturidade para sermos testemunhas, podendo dizer como Pedro: “E disso nós somos testemunhas” (At 2,32). É magnífico sentir o coração arder pela presença de Cristo Vivo.
Leituras: Atos 2,14.22-33;Salmo 15;
1Pedro 1,17-21;Lucas 24,13-35
1. Cristo continua vivo e presente como esteve com os discípulos. O relato da aparição aos discípulos que vão a Emaús mostra o desencanto e a alegria de encontrar o Senhor que lhes abre os olhos para vê-Lo. Para nós a presença de Cristo Ressuscitado se dá quando vivemos a fraternidade, na compreensão dos sinais dos tempos e das Escrituras, culminando com a Eucaristia.
2. Depois do estar com Ele e descobri-Lo no partir do Pão dizem: “Nosso coração ardia quando falava conosco pelo caminho e nos explicava as Escrituras”. A comunidade é o lugar da experiência do Ressuscitado. Sua presença recupera o sentido da esperança, liberta de nossos maus humores, equilibra a vida. Fé é acolhimento.
3. A celebração de hoje nos dá confiança em nossa futura ressurreição. Renovados pelos sacramentos pascais chegamos à glória da ressurreição. A Ressurreição dá um sentido sempre novo à Eucaristia, ao convívio fraterno e à oração. Confere maturidade à fé para sermos testemunhas.
Bom de papo
Nesse Tempo Pascal ouvimos a Palavra de Deus que nos instrui sobre a Ressurreição e sua presença em nossa vida.
Os apóstolos estavam abatidos e entristecidos. Pudera! Tudo acabara e agora era momento de reencontrar o sentido da vida. Na tarde daquele domingo Jesus se manifestou aos dois que iam a Emaús. Ali os ensinou que Ele continua presente. Para nós Ele está presente de outro modo, mas é o mesmo.
No dia de Pentecostes, cheios do Espírito, estão firmes na fé. Os apóstolos mostram ao povo que o Jesus que fora crucificado agora está vivo junto do Pai. Ele é o Salvador. Ele é quem salva. E afirmam: “E nós somos testemunhas”.
Com os discípulos que iam para Emaus aprendemos a perceber a presença de Jesus nos fatos da vida, na Palavra e na Eucaristia, no partir do Pão. É tão grande esta presença que faz bater forte o coração. Conversando com Ele fizeram primeiro o caminho de volta à fé e depois, o caminho de volta a Jerusalém para contar que O tinham visto.
Jesus é bom de papo.
Homilia do 3º Domingo da Páscoa (04.05.2014)
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