sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Edith Stein Religiosa carmelita, Mártir e Santa 1891-1942

Edith Stein nasceu a 12 de Outubro de 1891, no seio de uma família de judeus. A cidade que a viu nascer chama-se Breslau, na Alemanha. Apaixonadíssima pela busca e conhecimento da verdade, procurou-a com toda a força da sua alma, desde a sua juventude. Não encontrou a verdade, nem na religião judaica nem na filosofia que entretanto estudou e ensinou como professora na Universidade de Gottingen. Um dia, encontrando o Livro da Vida, escrito pela Nossa Santa Madre Teresa de Jesus, exclamou entusiasmada: «Esta é a verdade!», e não parou de ler enquanto não terminou o livro. Baptizou-se em 1922, tomando o nome de Teresa. Em 1933 entrou no Carmelo da Cidade de Colónia, tomando o nome de Teresa Benedita da Cruz; pois, como dizia, foi Santa Teresa quem a despertou para a Verdade e, em S. João da Cruz, nosso pai, encontrou a perfeita vivência do mistério da Paixão, a razão do seu viver. Imitando-o tomou o nome da Cruz. Ofereceu-se como vítima de Deus, pelo seu povo e pela paz. Antes de ingressar no Carmelo, algumas pessoas influentes tentaram demovê-la da sua decisão, dizendo-lhe que era mais útil na Universidade que no convento. Ao que Edith Stein respondeu dizendo: «Não é a actividade humana que nos há-de salvar, mas a Paixão de Cristo. Tomar parte nela é a minha aspiração». E depois de se ter tornado carmelita acrescentou: «A oração e o sacrifício valem muito mais do que se possa pensar… Por toda e qualquer oração, mesmo pela mais pequenina, acontece algo na Igreja… Aprendamos a servir-nos da oração, para que à hora, de cada dia, fazermos uma obra de eternidade». A perseguição anti-semita punha a sua vida em perigo. Os superiores decidiram, por isso, que deixasse a Alemanha, e transferiram-na para um Carmelo na Holanda. Foi-lhe muito difícil abandonar o Carmelo de Colónia onde entrara na Festa de Santa Teresa, a 15 de Outubro de 1933. Acerca do Carmelo escreveu dizendo: «É o santuário mais íntimo que a Igreja tem. Sempre me pareceu que Deus me tinha reservado, no Carmelo, alguma coisa que em nenhuma outra parte do mundo me poderia dar». Após a invasão da Holanda por Hitler, a terrível polícia SS foi arrancá-la à clausura do Carmelo. A Irmã Teresa da Cruz saudou os polícias com a saudação cristã «Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo», porque como disse, estava convencida que com «aquela saudação não saudava a polícia alemã, antes os representantes daquela luta antiga entre Cristo e o Demónio». No dia 9 de Agosto de 1942, foi conduzida à câmara de gás, repetindo pela última vez o que já deixara escrito antes: «Não sou nada e nada valho, mas… quero oferecer-me ao Coração de Jesus como vítima pela verdadeira paz. Que seja derrubado o poder do Anti-Cristo e a ordem se volte a estabelecer». Diante da morte soube manter-se serena até ser acolhida pelas mãos de Deus, das quais deixou dito: «Aquelas mãos dão e pedem ao mesmo tempo. Vós sábios, deponde a vossa sabedoria e tornai-nos simples como crianças. Segui-me porque é preciso decidir entre a luz e as trevas». Morreu no campo de concentração de Aushwitz, repetindo a sua doação como vitima pela paz e pelo seu povo de Israel. Mulher de singular inteligência e cultura, afamada professora universitária de Filosofia, deixou-nos numerosos escritos de elevada doutrina e profunda espiritualidade. O centro da sua vida e da sua contemplação na oração, pode comprovar-se pelos seus escritos, era o mesmo de S. João da Cruz: o mistério grandioso de Cristo Crucificado. http://alexandrina.balasar.free.fr/edith_stein_pt.htm
Origens
Edith nasceu em Breslávia, na Baixa Silésia, Polônia, em 1891; ela era a 11ª filha de um casal muito fervoroso de judeus. O pai morreu quando ela ainda não tinha completado dois anos. A mãe educou as crianças dentro da religião judaica. Durante a adolescência, Edith teve uma crise e afastou-se de Deus. Mais tarde, dedicou-se a uma vida de estudos na Universidade de Breslau, tendo como meta a Filosofia. Fé e ciência A sua conversão aconteceu, em 1921, quando ela leu a autobiografia de Santa Teresa d’Ávila durante uma noite. “Quando fechei o livro, disse para mim mesma: é esta a verdade”, declarou ela mais tarde. Recebeu o Batismo e a Crisma, em 1922, contra a vontade dos pais, mas nunca renegou suas raízes judaicas. Usou seus dons acadêmicos para servir a Deus. Tornou-se professora e Irmã carmelita em Colônia, em 1934, com o nome de Teresa Benedita da Cruz. 
Perseguição 
A perseguição nazista aos judeus alemães intensificou-se, e por isso Edith foi transferida para o Carmelo de Echt, na Holanda, juntamente com sua irmã Rosa, que também foi batizada na Igreja Católica e prestava serviço no convento. Os bispos católicos dos Países Baixos fizeram um comunicado contra as deportações dos judeus. Em forma de represália, Hitler mandou invadir o convento na Holanda e prender Edith e sua irmã. Elas e mais 244 judeus católicos foram levados para o campo de concentração Auschwitz. Ali, cuidou das crianças encarceradas e ensinou o Evangelho aos presos. Páscoa Edith Stein morreu, em agosto de 1942, juntamente com a sua irmã Rosa nas câmaras de gás de Auschwitz; depois, seu corpo foi queimado. Foi canonizada em Roma, em 1998, pelo então Papa João Paulo II. 
Minha oração 
“Ó Santa Teresa Benedita da Cruz, ajuda-me a ter um encontro verdadeiro com Jesus, a fim de morrer para as coisas deste mundo e viver apenas para Ele. Santa Edith Stein, interceda por mim a Deus Pai, para que logo estejamos todos juntos no paraíso. Amém.” Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), rogai por nós! 
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), mártir (cancaonova.com
"Ave Crux, Spes Unica": com o olhar fixo nos braços abertos de Cristo na cruz, única esperança, Edith Stein recebeu a palma do martírio nas câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau, no tórrido mês de agosto de 1942. Ao chegar ao ápice de um longo percurso interior, Edith Stein deixou o estudo de filosofia para se dedicar ao compromisso com a promoção humana, social e religiosa das mulheres, e à vida contemplativa. Edith nasceu em Breslávia, na Baixa Silésia, Polônia, em 1891; era a décima primeira filha de um casal muito fervoroso de judeus; destacou-se, logo, por sua inteligência brilhante, que lhe favoreceu uma visão racionalista e o juvenil desapego da religião. Interrompeu seus estudos, apenas durante a Primeira Guerra Mundial, para prestar socorro aos soldados como enfermeira da Cruz Vermelha. O encontro com a Fenomenologia do filósofo Husserl, do qual foi assistente na Universidade de Freiburg, que a levou a aprofundar o tema da empatia, mas também o encontro com o filósofo Max Scheler e ainda a leitura dos Exercícios de Santo Inácio e da vida de Santa Teresa de Ávila, contribuíram para suscitar nela a conversão ao cristianismo.
Fé e nazismo 
Ansiosa de conquistar a verdade, mediante o conhecimento e o estudo, foi conquistada pela Verdade de Cristo, ao aprofundar os textos dos Santos Tomás e Agostinho. Edith Stein recebeu o Batismo e a Crisma, em 1922, contra a vontade dos pais, mas nunca renegou suas raízes judaicas. Durante os anos das perseguições, tornou-se professora e Irmã carmelita em Colônia, em 1934, com o nome de Teresa Benedita da Cruz; abraçou o sofrimento do seu povo, em sintonia com o sacrifício de Cristo. Depois das violências da "Noite dos Cristais", foi transferida para a Holanda, país neutro, onde, no Carmelo de Echt, colocou por escrito seu desejo de oferecer-se em "sacrifício de expiação pela verdadeira paz e pela derrota do reino do Anticristo". 
Mártir em Auschwitz 
Dois anos após a invasão nazista da Holanda, em 1940, foi pega, junto com outros 244 judeus católicos, como ato de represália contra os Bispos holandeses, que se opuseram publicamente às perseguições, e levada para Auschwitz. Ali, cuidou das crianças encarceradas e as acompanhou, com compaixão, até ao patíbulo, e ensinou o Evangelho aos presos. Com ela estava também sua irmã Rosa, que também havia se convertido ao catolicismo, à qual, no momento extremo do martírio, disse: "Venha, vamos pelo nosso povo". No passado, Edith Stein havia escrito: "O mundo está em chamas: a luta entre Cristo e o anticristo se deteriorou abertamente. Por isso, se você optar por Cristo, poderia exigir de você até o sacrifício da própria vida". Exemplo de tolerância e acolhida para a Europa O pensamento e a fé de Edith Stein estão reunidos em suas obras, sobretudo, em "Ser finito e Ser eterno". Trata-se de uma síntese de filosofia e misticismo, da qual emerge o sentido do homem, a sua singularidade e unicidade em relação ao Criador. "Uma eminente filha de Israel e filha fiel da Igreja"! Assim, São João Paulo II a definiu ao canonizá-la em 1998. "Proclamar Santa Edith Stein co-padroeira da Europa – disse o Papa – significa cravar no horizonte do Velho Continente um estandarte de respeito, tolerância, aceitação". Porém, é preciso lançar mão dos valores autênticos, que têm seu fundamento na lei da moralidade universal: uma Europa que confundisse o valor da tolerância e do respeito universal com o indiferentismo ético e o cepticismo acerca dos valores irrenunciáveis, abrir-se-ia às mais arriscadas aventuras e, mais cedo ou mais tarde, veria reaparecer sob novas formas os espectros mais tremendos da sua história”. 

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