Martirológio Romano: Em Poznan, na Polônia, Beata Sancha (Joaninha) Szymkowiak, virgem, da Congregação das Filhas da Bem-aventurada Virgem Maria das Dores, que em meio das dificuldades da guerra, se ocupou com grande entrega aos detidos nos cárceres. Nasceu em Mozdzanow (Ostrow Wielkopolski, Polônia), no dia 10 de julho de 1910. Era a filha mais nova de Agostinho e Maria Duchalska, casal que teve outros 4 filhos homens, dos quais um se tornou sacerdote. No dia de seu batismo recebeu o nome de Joana (chamavam-na de Joaninha). De sua família, abastada e profundamente católica, recebeu uma sólida educação. Em sua família aprendeu a amar intensamente o Sagrado Coração de Jesus, e com este espírito foi muito bondosa com todos, especialmente com os mais pobres e necessitados. Desde a adolescência se distingue pela bondade excepcional e a devoção autêntica, encantado com sua serenidade e simplicidade. Depois da escola superior estudou línguas e literatura estrangeira na Universidade de Poznan, empenhando-se intensamente no próprio crescimento intelectual e espiritual. Tomou parte na Sodalício Mariano, realizando um apostolado discreto e eficaz, transmitindo às jovens a alegria de viver. Atenciosa com todos, de modo particular sensível com os mais débeis e sofredores, se dedicou com fervor nas obras de caridade no bairro mais pobre da cidade como membro da Associação de São Vicente. A Eucaristia era o centro e a fonte do seu grande zelo apostólico. Muito jovem já se sentia chamada à vida religiosa.
quinta-feira, 29 de agosto de 2024
Beata Sancha Szymkowiak - 29 de agosto
No verão de 1934 viajou para a França e, durante uma peregrinação à Lourdes, decidiu tornar-se religiosa, confiando-se à Virgem Imaculada. Joaninha decidiu não voltar para casa e tornar-se postulante como oblata, o que não ocorreu devido a decisiva intervenção da família. A jovem voltou à Polônia, mas não abandonou o sonho de vida religiosa.
Contando com o apoio de seu irmão, Frei Eryc, pouco tempo depois pode ingressar no convento das Irmãs Seráficas. Em 27 de junho de 1936 pediu para ser aceita na casa provincial de Poznan, mudando seu nome pelo de Maria Sancha.
Desde o início de sua vida religiosa se distinguiu pelo grande zelo na observância da Regra do Instituto, tanto que a chamavam “A regra viva”. Aceitou os serviços mais humildes, apesar de ter recebido educação superior. Exerceu as funções de porteira, encarregada do refeitório, tutora, professora, tradutora. Extremamente dedicada e cuidadosa, sua vida aparentemente não tinha nada de excepcional, mas escondia uma profunda união com Deus.
“Para oferecer-se a Deus é necessário renunciar”, dizia ela.
Na 2ª. Guerra Mundial, durante a ocupação alemã, Irmã Sancha, não aproveitou da permissão de poder retornar para a família devido aos perigos e desastres da guerra: permaneceu no convento com outras irmãs, submetida à duríssimos trabalhos pelos militares alemães. Estes a fizeram trabalhar como tradutora junto aos prisioneiros franceses e ingleses, aos quais animou e confortou de tal maneira, que a chamavam “anjo de bondade” e “santa sancha”. Dócil à vontade de Deus, infundia paz e esperança ao seu redor, representando para os aflitos e sofredores um válido e eficaz conforto.
O trabalho, a fome e o frio, as enormes fadigas e difíceis condições do convento de Poznan, impuseram uma dura prova para sua saúde, adoecendo de uma grave forma de tuberculose da laringe. Abandonou-se nas mãos da Providência e sofreu a doença com grande serenidade. Com grande alegria professou os votos perpétuos em 6 de julho de 1942, profundamente unida ao seu Esposo Celeste, na ardente espera de Sua vinda no momento da morte, que ocorreu em 29 de agosto do mesmo ano, quando tinha somente 32 anos.
Foi beatificada pelo Papa João Paulo II em 18 de junho de 2002 durante sua viagem apostólica à Polônia.
Fontes:
Etimologia: Sancho, -a – do latim sanctius, comparativo de sanctus: “mais santo (a)”. Outras formas: Sancius, Santius, Sanzio, Sanchio.
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