quinta-feira, 18 de julho de 2024

SÃO BRUNO DE SEGNI, BISPO

Bruno foi nomeado Bispo de Segni pelo Papa depois de derrotar a heresia de Berengário, que negava a presença de Cristo na Eucaristia. Combateu também contra a simonia e o nicolaísmo, antes de se retirar para a vida monacal na abadia de Montecassino. Faleceu em 1123. 
https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html
Bruno de Segni (em latim: Bruno Astensis) 
é um santo católico italiano que foi abade 
de Monte Cassino e bispo de Segni. 
Vida e obras 
Bruno nasceu em Solero, na província de Alessandria, Piemonte, entre 1045 e 1049. Foi educado num mosteiro perto de sua cidade natal e em Bolonha. Tornou-se cônego em Siena e mudou-se para Roma em 1079, onde passou a ter contato com a liderança da igreja, atraindo rapidamente a atenção do papa Gregório VII e teria sido a pedido deste que Bruno discutiu com Berengário sobre a Eucaristia. Se foi ou não, não sabemos, mas é certo que logo depois o papa fez dele bispo em Segni, na Campagna. Ele era ainda mais próximo de Urbano II, acompanhando-o numa viagem ao Reino da França em 1095. Em 1099, entrou para a Abadia de Monte Cassino, mas sem renunciar à sua sé episcopal ou cortar relações com o mundo exterior. Em 1106 realizou uma importante missão na França para Pascoal II e ficou com ele por um tempo depois de voltar, finalmente retornando ao seu claustro em seguida. Foi eleito abade em 1107. Pascoal não se opôs às políticas de Bruno e só interveio quando, durante os conflitos de 1111, Bruno tomou partido do antipapa Maginulfo ("Silvestre IV") e acabou forçado a renunciar seu posto de abade e voltar para Segni. Suas obras são principalmente exegéticas e seu "Libellus de symoniacis", escrita antes de 1109, é importante por sua discussão sobre o significado de simonia e principalmente por revelar a atitude de Bruno sobre os sacramentos dispensados por um padre simoníaco. Bruno morreu em Segni em 18 de julho de 1123 e foi canonizado por Lúcio III em 1181.
São Bruno é também conhecido por Bruno de Segni, já que foi nessa Cidade da região do Lázio, na Itália, que, como Bispo, ele teve seus momentos de maior produção para a Igreja à qual servia e que certamente lhe fora destinada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Sim, Bruno foi, em vida, uma dessas pessoas em cujos destinos se percebe, nitidamente, “o dedo de Deus”. E isto desde seu nascimento. A minúscula Comuna de Solero, onde nasceu e que nos dias atuais tem uma população que não chega a dois mil habitantes, tornou-se famosa por ter ali, repousando, os restos mortais de São Perpétuo, Bispo de Tours no Século IX e consagrado por sua Caridade. Para guardá-los, construiu-se um belo templo, que permanece sendo a construção de maior destaque do local. São Bruno foi batizado e crismado, na Igreja de São Perpétuo e nessa Igreja ele aprendeu a graça do serviço prestado a Jesus, pois não havia sequer uma única celebração na qual não se destacasse a presença de seus pais, alternando-se nas mais variadas funções. Já apegado a Jesus e à Sua Igreja, São Bruno foi encaminhado bem cedo a um Mosteiro beneditino, a fim de aprender as primeiras letras, adquirindo sua formação primária. Não saiu mais! Para completar sua formação sacerdotal, o mesmo teve que mudar-se para Bolonha (Bologna). Era o início da bela caminhada que terminaria em Segni. A formação intelectual de Bruno logo se fez conhecer pelas altas autoridades da Igreja e assim quatro foram os Papas que o convocaram para secretariá-los. Manifestavam-se, então, os sinais que o indicavam nascido para ser instrumento de Deus. Em razão de sua notabilidade, São Bruno foi convocado a participar do grande Concílio de Tours, onde se fez marcante sua presença. É nesse Concílio que nasce a dispensa do Latim na condução das celebrações, permitindo-se que tanto na França quanto na Alemanha, se liberasse aos celebrantes o emprego da língua do país. E muito disto se deve à ação de São Bruno. Do respeito e da admiração trocada entre ambos, nasce a grande amizade de São Bruno para com o Papa Gregório VII, que também viria a se tornar um santo católico. É este o Papa que torna Bruno Bispo de Segni, após ele modestamente recusar o Cardinalato. Além do grande brilho imprimido à condução de sua Diocese, São Bruno volta a se destacar na reforma eclesiástica iniciada pelo Papa Gregório VII e concluída por Urbano II, o mesmo a quem acompanhou no Concílio de Clermont, onde se reuniram sacerdotes e leigos e de cujas resoluções, a mais importante e que viria a se inscrever na História do Cristianismo, foi a instalação da Primeira Cruzada. Muitas foram as lutas pela preservação do comando pontifício na formação da ritualística Católica, já que Reis e Imperadores de então se julgavam no direito de interferir na sua formação. Em 1102, a seu pedido, retirou-se para a histórica Abadia de Montecasino, a mesma onde São Bento escreveu sua famosa Regra. Ali, com o passar do tempo, enquanto compunha obras que se tornariam ícones do Catolicismo, mesmo não tendo abdicado de sua Mitra, por unânime reivindicação tornou-se seu abade. Como resultado das inúmeras contendas por ele assumidas e o natural desgaste delas oriundo, São Bruno viu-se obrigado a reassumir sua Diocese em caráter exclusivo, abandonando, assim, sua abadia. Como Bispo de Segni, São Bruno, o instrumento utilizado por Deus para manter una e santa a Igreja de Seu Filho, veio a falecer. Era o ano de 1123, o mesmo em que ele comemorava seus 75 anos de idade. Foi canonizado 60 anos depois pelo papa Lúcio III.

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