segunda-feira, 1 de julho de 2024

PRECIOSÍSSIMO SANGUE DE JESUS

O mês de julho foi estabelecido pela Igreja como o mês dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus. A piedade cristã sempre manifestou, através dos séculos, especial devoção ao Sangue de Cristo derramado para a remissão dos pecados de todo o género humano, por ocasião da Paixão e Morte de Jesus e atravessando a história até hoje com Sua presença real no Sacramento da Eucaristia. Desde tempos muito remotos, a devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus sempre esteve presente e floresceu cada vez mais em meio ao clero e aos fiéis, através de solenidades, preces públicas e Ladainha própria, com o fim de pedir a Deus perdão dos pecados, afastar os fiéis dos justos cas-tigos, implorar as bênçãos do céu sobre os frutos da terra, e prover nossas ne-cessidades espirituais e temporais. No século passado, foi São Gaspar de Búfalo admirável propagador desta insigne devoção, tendo o merecimento da aprovação da Santa Sé e por isto até hoje é conhecido como o "Apóstolo do Preciosíssimo Sangue". Foi por ordem do Papa Bento XIV que foram com-postos a missa e o ofício em honra ao Sangue de Jesus para finalmente ser estendida à Igreja Universal por decreto do Papa Pio IX. O Papa João XXIII, cuja família desde a sua infância foi fiel devota ao Preciosíssimo Sangue, também perpetrou esta santa devoção, tendo logo no início de seu pontificado escrito a Carta Apostólica Inde a Primis, a fim de promover o seu culto, conforme fez menção o Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica Angelus Domini, onde frisa o convite de João XXIII sobre o valor infinito daquele sangue, do qual "uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa". Mais perto de nós, podemos e devemos lembrar a Beata Alexandrina de Balasar a quem Jesus, não só para benefício da alma, mas também do corpo frágil desta, deixava cair-lhe no coração uma gota do seu Preciosíssimo Sangue. Foi a primeira vez, na histórias dos Santos, que Jesus utilizou este “remédio” salutar para reavivar o corpo e a alma de uma das suas almas-vítimas. Sejamos, portanto, também devotos propagadores desta extraordinária e salutar prática da piedade cristã.

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